A Venezuela está bem longe de ser uma potência do futebol. Vários dos clubes locais são jovens, se comparados às centenárias equipes de outros países sul-americanos, como Brasil, Argentina e Uruguai. O Mineros, adversário do Cruzeiro nesta quinta-feira, às 22h15, se enquadra no perfil de um típico time venezuelano, com a ressalva de não ser considerado nem sequer um grande do seu país.
Esta é a quinta participação do Mineros na Copa Libertadores da América. A equipe de Guayana está bem distante dos compatriotas que mais frequentaram o torneio continental. O Deportivo Táchira participa pela 18ª vez e o Caracas já esteve presente em 14 edições da competição.
Nas participações anteriores, o Mineros nunca foi longe. Foram 16 jogos disputados, com apenas duas vitórias em toda a história da Libertadores. Houve ainda quatro empates e 10 derrotas. Um dos triunfos ocorreu em 1990, sobre o extinto Pepeganga, também da Venezuela, por 1 a 0. O outro foi em 2008, sobre o Arsenal de Sarandí. O Mineros nunca conseguiu passar da primeira fase.
Grupo atual
”Era candidato ao título e, atualmente, o desempenho não é bom, mas o elenco de Mineros é um dos mais caros e fortes do país”, explicou. O técnico Marcos Mathias, que chegou a ser assistente de César Farías na Seleção Venezuelana, foi demitido nessa segunda-feira, devido aos maus resultados. No último domingo, seu time foi goleado por 5 a 2 pelo Deportivo Táchira e terminou a rodada em oitavo lugar no campeonato.
Os principais jogadores do elenco são o zagueiro Gabriel Cichero, o volante Edgar Jiménez, e os atacantes Richard Blanco e Zamir Valoyes, este último colombiano, que está suspenso por expulsão e não enfrentará o Cruzeiro.
O estádio em que o Mineros joga é moderno e tem capacidade para 41 mil torcedores. Ele foi construído para a disputa da Copa América de 1997.
Mascote inusitado
Uma curiosidade sobre o Mineros é o mascote do clube. Trata-se de uma espécie rara de tartaruga característica do estado de Bolívar, na Venezuela, onde se situa a cidade de Puerto Ordaz. Sua caça é proibida pela Guarda Nacional, por se tratar de um animal em extinção. O mascote foi escolhido em 2009 em um concurso realizado entre crianças de até 11 anos, em escolas da região de Guayana.