Gilmar Laignier
Enviado especial a Buenos Aires
A vitória do Cruzeiro sobre o River por 1 a 0 no Monumental de Núñez foi histórica, mas a comemoração foi discreta. Pelo menos entre os jogadores. A reportagem do Superesportes acompanhou os atletas no voo de volta para Belo Horizonte e pôde presenciar um clima de tranquilidade, mas muita concentração.
Nem mesmo a presença de torcedores no voo fez com que os jogadores comemorassem o resultado dentro do avião, dando a impressão de que queriam evitar qualquer tipo de ‘oba-oba’. Na verdade, curiosamente, nem os torcedores vibraram tanto dentro da aeronave.
Como o voo só partiu de Buenos Aires às 3h20 da madrugada, a maioria dos cruzeirenses aproveitou para descansar, depois de extravasar no estádio. “Estamos no embalo desde as 15h, fazendo festa, agora estamos mortos”, disse o produtor de eventos Beto Carvalho, com a voz rouca de tanto festejar.
Antes de o avião decolar, alguns torcedores saudaram os jogadores com gritos de incentivo. Os atletas corresponderam discretamente, com acenos e semblantes de satisfação.
O sorriso mais largo era o do atacante Marquinhos, autor do gol da vitória em Núñez. Enquanto outros jogadores já descansavam em suas poltronas, o velocista se divertia ao lado do amigo Paulo André. “Este cara (Paulo André) é mestre para me fazer rir”, brincou Marquinhos.
Antes de pousar o avião, o comandante da aeronave parabenizou o presidente Gilvan, o técnico Marcelo e os jogadores, e pediu palmas para os atletas. Obviamente, foi prontamente atendido pelos torcedores ainda sonolentos.
Apesar do clima descontraído, os jogadores do Cruzeiro não terão muito tempo para festejar o bom resultado na Argentina. O clube volta a campo neste domingo, às 18h30, para enfrentar a Ponte Preta, pelo Campeonato Brasileiro. A Raposa perdeu os dois primeiros jogos e amarga a lanterna da competição até o momento.