Arrascaeta veio para o Cruzeiro como grande contratação da temporada e rótulo de camisa 10, cérebro do time. Sem conseguir se firmar na função, com altos e baixos, ele fez na noite desse sábado, na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, seu melhor jogo pelo clube, mas em outra posição no campo. Para o técnico Vanderlei Luxemburgo, o desempenho do uruguaio é resultado da adaptação do atleta ao futebol brasileiro. O treinador cruzeirense acredita que o meia sofreu com a pressão na chegada a Belo Horizonte.
"O Arrascaeta é um jogador jovem, que veio de um time pequeno, com estádio de 12 mil pessoas, para jogar uma Libertadores pelo Cruzeiro, e para ser uma estrela. Ele é um coadjuvante de qualidade. Acho que até será estrela principal no futuro. De fora para dentro, mais pelo lado, ele vai ganhar espaço", comentou.
Na prática, Arrascaeta criou as principais chances do jogo, marcou um belo gol e deu assistência para o estreante Marinho balançar as redes. Depois de aliviar a pressão pelos três pontos conquistados, Luxemburgo explicou a estratégia usada pelo Cruzeiro e os problemas percebidos durante os 90 minutos.
"A ideia era aumentar a marcação e trazer a equipe do Atlético-PR para o nosso campo. Nós tivemos bons momentos de contra-golpe. A equipe ainda está desequilibrada. O Fabrício é um bom jogador, mas em momentos do jogo morreu. Marcos Vinícius e Joel a mesma coisa", afirmou.
Nervosismo
Com uma sequência anterior de três derrotas, a ansiedade foi um problema a ser superado pelo Cruzeiro. Porém, na visão de Luxemburgo, essa questão afetou os jogadores apenas no início do confronto.
"Nós tivemos um pouco de nervosismo em relação ao início do jogo, mas depois que o time encaixou tivemos o domínio. O Atlético-PR é tático e veloz. Tivemos oportunidades em lances importantes e a vitória foi fundamental", concluiu.