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Garimpagem no exterior

Diante da dificuldade em acertar a contratação de um treinador brasileiro, diretoria do Cruzeiro admite buscar seu futuro comandante do time no mercado externo

postado em 03/05/2016 11:00 / atualizado em 03/05/2016 12:48

EM DA PRESS
Diante da inviabilidade de contar com Jorginho como treinador a partir de segunda-feira, como planejava, a diretoria do Cruzeiro partiu em busca de um plano B. Os dirigentes chegaram a entrar em contato com o ex-técnico da equipe Marcelo Oliveira, que não aceitou o convite, e agora cogitam até a possibilidade de extrapolar as fronteiras do Brasil para buscar um substituto para Deivid, demitido há nove dias, depois da eliminação nas semifinais do Campeonato Mineiro.

Os nomes são mantido em sigilo. “O mercado de treinadores está escasso. Até digo para os pais colocarem seus filhos para estudar educação física, pois está faltando técnico no Brasil. Mas, brincadeiras à parte, queremos alguém que chegue para ficar por bom tempo”, afirma o vice-presidente de futebol celeste, Bruno Vicintin, que diante desse quadro passou a monitorar o mercado externo: “Antes, não pensávamos em buscar treinador fora do Brasil. Agora, diria que há 50% de chances de contratar um estrangeiro”.

Ciente de que o time está perdendo tempo precioso de preparação para o Campeonato Brasileiro, o dirigente espera resolver a situação o mais rápido possível. Porém, como alguns dos nomes pretendidos estão empregados, deverá ter mesmo de esperar até segunda-feira, deixando mais uma semana de trabalho pelo caminho.

O nome de Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro em 2013 e 2014 no comando da Raposa, soava como natural neste momento de dificuldade. Ainda que sua demissão, em maio do ano passado, tenha sido turbulenta, Vicintin garante que o relacionamento entre eles é bom, e que há outros motivos a impedir o retorno do treinador: “Tenho ótimo relacionamento com o Marcelo Oliveira. Trabalhamos juntos por quase três anos, obtivemos grandes resultados juntos, ele e o resto da comissão foram muito importantes no aproveitamento de jogadores das categorias de base. Chegamos a conversar, mas, neste momento, ele tem planos de trabalhar fora do Brasil. Claro que no futebol as coisas podem mudar, mas, no momento, ele não vem”.

Marcelo Oliveira não vê empecilhos em seu retorno ao Cruzeiro, mas há uma semana ele autorizou um agente a intermediar negociação com dois clubes da China e um dos Emirados Árabes, por isso não aceitou a oferta celeste. O treinador apresentou suas condições aos interessados e afirma que só depois de encerradas essas conversas com as equipes do exterior se sentirá livre para negociar com times do Brasil.

NOVATOS

A falta de técnico tem dificultado, mas não impedido a diretoria de trabalhar. Tanto que ontem foram apresentados o lateral-direito Lucas e o armador Robinho, contratados por empréstimo ao Palmeiras, em negócio que envolveu a cessão temporária do lateral-direito Fabiano e do lateral-esquerdo Fabrício para o clube paulista.

“O ideal em um negócio é consultar o treinador, mas, como a negociação estava em andamento e achávamos interessante, optamos por bater o martelo assim mesmo. Isso mostra a confiança que temos na capacidade dos dois jogadores. Temos certeza que o treinador que chegar vai ficar feliz de ter ambos”, comenta Vicintin.

Os jogadores chegam com desejo de fazer história no Cruzeiro. “Chegamos como dois guerreiros que querem se unir aos que estão aqui. Sempre vimos o Cruzeiro com muita qualidade e queremos manter isso”, diz Lucas, que está pronto para a estreia. “Venho para acrescentar. Quando surgiu a proposta, olhei o elenco e pensei: ‘tem uma garotada de qualidade e posso contribuir bastante’. Estou tranquilo, mas ciente da responsabilidade de ajudar da melhor maneira possível”, afirma Robinho.

EQUIPE

Designado pela direção do Cruzeiro para dirigir a equipe interinamente no jogo contra o Campinense na quinta-feira, às 21h30, no Mineirão, o auxiliar técnico Geraldo Delamore começou a esboçar, ontem de manhã, o time que tentará avançar à segunda fase da Copa do Brasil. Sem o volante Ariel Cabral, que fez trabalho físico, ele escalou Allano formando o meio-campo com Lucas Romero, Henrique, Élber e De Arrascaeta. A defesa foi composta por Fábio; Lucas, Bruno Viana, Bruno Rodrigo e Sánchez Miño. Na frente, o escalado foi Willian. Ao fim da atividade, os jogadores cobraram pênaltis – a vaga será definida assim, caso o jogo termine 0 a 0.

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