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Cruzeiro aciona Federação Mineira para confirmar vetos ao Atlético no clássico

Clube alega que responsabilidade pela segurança do torcedor é do mandante

postado em 30/03/2017 16:27 / atualizado em 30/03/2017 16:39

Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
O Cruzeiro informou por meio de nota oficial, na tarde desta quinta-feira, que encaminhou ofício ao departamento de competições da Federação Mineira de Futebol (FMF) confirmando os vetos feitos ao Atlético em reunião na sede da entidade, na última terça-feira. O clube celeste, mandante do jogo deste sábado, às 16h, no Mineirão, proíbe a entrada de faixas, bandeiras e instrumentos musicais nas áreas destinadas ao torcedor visitante. Além disso, impede a presença do mascote do clube alvinegro no gramado do Gigante da Pampulha.

No ofício encaminhado, apurou a reportagem, o clube celeste usa o artigo 14 do Estatuto do Torcedor para legitimar sua decisão. Art. 14: “Sem prejuízo do disposto nos artigos 12 a 14 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, a responsabilidade pela segurança do torcedor em evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo e de seus dirigentes”.

Segundo a Polícia Militar, por se tratar de um evento privado, a responsabilidade é exclusivamente do clube mandante. Na manhã desta quinta-feira, o Atlético também acionou a FMF para tentar cancelar as proibições feitas pelo Cruzeiro. O clube alvinegro solicitou à entidade máxima do futebol estadual que “faça cumprir o regulamento e comunique a PM sobre a entrada de bandeiras e instrumentos no Mineirão”.  

Conforme acordado para o jogo, os cruzeirenses têm direito a 51.300 lugares (90%), enquanto os atleticanos ficam com 5.700 (10%). Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, na Toca da Raposa II, o vice-presidente de futebol do Cruzeiro justificou a decisão como 'princípio da reciprocidade', já que a Raposa é prejudicada nas mesmas circunstâncias quando atua no Independência.

“Até na diplomacia existe o princípio da reciprocidade. Essas picuinhas não ganham jogo, mas o Cruzeiro tem direito a usar o princípio da reciprocidade, até em respeito à nossa torcida. A torcida do Cruzeiro sofre muito no Independência, um estádio que a própria Polícia Militar já disse que não tem condições de receber jogos grandes. Essas coisas no clássico de proibição de mascote, bandeira e instrumentos foram criadas pelo nosso rival. Então estamos fazendo reciprocidade”, declarou.

Veja, na íntegra, a nota de esclarecimento do Cruzeiro

O Cruzeiro Esporte Clube informa que, na tarde desta quinta-feira, encaminhou ao departamento de competições da Federação Mineira de Futebol um ofício confirmando a proibição da entrada de faixas, bandeiras e instrumentos musicais nas áreas destinadas à torcida visitante no clássico de sábado, 1º de abril, no estádio Mineirão. O Clube informa que no documento consta, também, a proibição da entrada do mascote do time adversário no gramado.

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