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Mano valoriza ponto, mas diz que Cruzeiro poderia 'liquidar' Fluminense no 1º tempo

Técnico elogiou os primeiros 45 minutos e justificou alterações na etapa final

postado em 20/07/2017 22:50 / atualizado em 21/07/2017 10:00

Rudy Trindade/ThemaPress/Light Press/Cruzeiro
Para os planos do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro, o ponto conquistado no empate por 1 a 1 com o Fluminense, nesta quinta-feira, no Giulite Coutinho, em Mesquita-RJ, foi considerado importante pelo técnico Mano Menezes. O treinador, no entanto, disse que a equipe poderia conseguir a vitória fora de casa, sobretudo pelo volume de oportunidades criadas no primeiro tempo. 



“Quando não pudermos pontuar com três pontos, precisamos saber que um ponto também faz parte de campanha. Sempre foi difícil jogar aqui, esperávamos um jogo difícil. Mas o primeiro tempo do Cruzeiro, daquilo que entendo de futebol, deveria ter dado a gente uma vantagem maior. Tivemos um controle absoluto do jogo, tivemos volume e oportunidades. Precisávamos – talvez nosso único pecado –transformar essa competência de controle de jogo e domínio tático numa vantagem numérica no placar”, disse Mano, que ressaltou o crescimento do Fluminense na segunda parte.

“Futebol é assim, tem que ser assim. Porque do outro lado também tem um grande técnico e tem uma equipe que não vai aceitar isso por 90 minutos. Nos já tivemos mais dificuldade para controlar no segundo tempo, perdemos volume de posse e precisamos reconhecer que o empate se transformou em resultado justo. Nosso pecado não foi transformar a superioridade numérica do primeiro tempo em vantagem numérica”.



No primeiro tempo, o Cruzeiro atacou mais vezes que o Fluminense e exigiu algumas defesas do goleiro Julio César antes de marcar com Sassá, aos 35min. No entanto, nem deu tempo de a equipe respirar e controlar a vantagem. Aos 39min, Richarlison ganhou de Lucas Romero na velocidade e foi derrubado na grande área. Ele mesmo cobrou o pênalti e empatou a partida. No segundo tempo, Mano Menezes foi obrigado a mexer três vezes em função de desgaste de seus titulares. Ele tirou no decorrer da etapa final o volante Ariel Cabral, o atacante Sassá e o meia Elber. Entraram Rafael Marques, Bryan e Raniel. O treinador justificou as escolhas que fizeram a equipe perder o ímpeto ofensivo.

“A gente tinha um desgaste do Sassá, que nunca havia feito 90 minutos e fez muita força para jogar. O Elber não tinha condição de terminar (a partida). O Ariel sentiu e precisamos fazer a alteração. A primeira foi a entrada do Rafael Marques, então coloquei o Elber para a direita. O Leo do Fluminense estava jogando de ponta. Depois, com a saída de Elber, colocamos um homem mais à frente. Optei por Bryan para ter jogada aguda pela ponta esquerda, mas não conseguimos chegar com muita força. Depois Raniel, que não tinha condições de jogar mais de 20 minutos (recuperou-se recentemente de lesão no joelho), continuamos a ter um homem mais centralizado, aí passei Rafael para a direita. Às vezes a gente pensa as coisas: às vezes funciona bem, às vezes não”.



Com o resultado no Rio de Janeiro, o Cruzeiro perdeu oportunidade de retornar ao G6 do Brasileiro e caiu do sétimo para o oitavo lugar, com 22 pontos. No próximo domingo, às 16h, o time celeste voltará a jogar fora de casa, desta vez diante do Avaí, na Ressacada, em Florianópolis. Mano poderá contar novamente com o atacante Rafael Sobis, que cumpriu suspensão automática diante do Flu. Além dele, voltam ao time o zagueiro Manoel e o meia Arrascaeta, ambos recuperados de lesões. Em compensação, o lateral-direito Ezequiel, suspenso, e o meia Alisson, com desgaste muscular, estão fora do duelo em Santa Catarina.

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