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NBA começa com supertime favorito, um azarão que defende título e mudanças empolgantes

Temporada 2016/17 terá nove brasileiros, mas nenhum como protagonista

postado em 25/10/2016 10:00 / atualizado em 25/10/2016 08:43

AFP

Na septuagenária história da NBA, poucas temporadas reservaram tantas novidades e mudanças como a que começa hoje à noite, nos Estados Unidos. Com negociações milionárias alavancadas por um teto salarial mais elástico, aposentadoria de três dos maiores ídolos recentes do basquete e a formação de um verdadeiro time dos sonhos, a principal liga de basquete do mundo começa com várias interrogações e uma certeza: 29 times tentando parar o Golden State Warriors, que terá Kevin Durant (ex-Thunder) ao lado de Stephen Curry – cestinhas de cinco dos últimos sete campeonatos. De hoje até abril, quando termina a temporada regular, serão 208 jogos transmitidos na TV brasileira pelo Sportv e ESPN, uma média de 10 partidas por semana.

Para os fãs de basquete, será estranho ver um campeonato começar sem Kobe Bryant (Lakers), Tim Duncan (Spurs) e Kevin Garnett (Timberwolves e Celtics), que se aposentaram. Outras alterações também impressionam: depois de 13 temporadas e três títulos pelo Heat, Dwyane Wade foi para o Chicago Bulls, que perdeu três astros: Joakim Noah e Derrick Rose, que se juntaram a Carmelo Anthony no Knicks; e Pau Gasol, que terá a difícil missão de substituir Duncan no Spurs.

O número excessivo de trocas se deve, em parte, ao novo teto salarial da liga. O investimento máximo de cada franquia subiu para US$ 94,143 milhões (R$ 304,35 milhões), um aumento de US$ 24 milhões, o maior salto da história. Os times que ultrapassam o limite, o que é comum, pagam taxas. A medida também elevou o piso, obrigando os times a pagar salários maiores, para não serem multados.

As cifras salariais geraram um corre-corre das equipes ao mercado e o número de atletas com ganho salarial anual superior a US$ 20 milhões saltou de nove para 21. A título de comparação, o salário reajustado de LeBron James (US$ 30,9 milhões) supera o teto de um time inteiro de 1995 (US$ 25,8 milhões). Campeão da última temporada, quando liderou uma virada incrível do Cleveland Cavaliers contra o Warriors (de 1-3 para 4-3), James continua sendo o ícone do campeonato, mas deve ter mais dificuldades para levar o Cavaliers a mais uma final, uma vez que Celtics e Knicks se reforçaram.

BRASILEIROS O Brasil repete os nove jogadores que teve na última temporada, mas nenhum como protagonista. Dos nove, apenas o veterano Nenê, que trocou o Wizards pelo Rockets, deve começar a temporada como titular. Leandrinho inicia a terceira passagem pelo Suns, e Anderson varejão, de contrato renovado, enfrenta disputas internas por vaga no Warriors. O mesmo ocorre com Splitter, recuperado de lesão, que deve ser reserva de Dwight Howard no Hawks.

Entre os mineiros, a luta é por minutos em quadra. Raulzinho, elogiado pela postura defensiva e roubos de bola, tenta recuperar o destaque, depois de ser titular quase a metade dos jogos em seu ano de estreia. O pivô Cristiano Felício, que fez boa pré-temporada, deve ter mais espaço, depois das saídas de Pau Gasol e Joakim Noah.


EM/D.A Press

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