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BH Eagles realiza peneirada de Cheerleaders no Mineirão

Mulheres e homens participaram da seletiva no Gigante da Pampula

postado em 16/01/2017 08:00 / atualizado em 15/01/2017 21:28

Juarez Araújo/EM/DA Press

No ano passado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu a União Internacional das Cheerleaders, como uma das entidades federadas a ela, o que motivou a disputa de campeonatos em todo o mundo dessa modalidade em que as meninas dançarinas eram vistas apenas, anteriormente, como animadoras de torcidas. Mais que isso. Ontem, na Esplanada Norte do Mineirão, aconteceu a primeira peneirada, assim como acontece no vôlei, no basquete, no futsal, para a escolha de futuras integrantes do BH Eagles, o campeão brasileiro da Copa Brasil (Segunda Divisão desse esporte no país) e vice-campeão mineiro de futebol americano.

Havia muita expectativa num comparecimento grande de interessados, mas a chuva, segundo a organizadora, a líder das cheerleaders, Lana Magalhães, de 25 anos, atrapalhou. Mesmo assim, 30 pretendentes compareceram, inclusive cinco homens, o que foi motivo de satisfação, segundo Lana. “O homem é importante, pois ele é a sustentação de movimentos, como a pirâmide. Na nossa equipe hoje são dois.”

São seis categorias de cheerleaders, distribuídas em cinco níveis: infantil (de 5 a 9 anos), juvenil (de 10 a 14 anos), 15, 16 e 17 anos. Quem dá mortal, por exemplo, é nível três. Ontem, na avaliação, foram observados os critérios força, credibilidade, dança e ginástica artística. “As meninas foram avaliadas sobre o que conseguiam fazer. É fundamental a dança ou a ginástica olímpica”, explica Lana.

E alguns casos de candidatas chamaram a atenção, como o de Manuela Piccoli Barros Torres, de 11 anos, que estava na Esplanada para andar de patins, junto com a mãe, Juliana Barros, de 39. “Ela viu e me chamou para ver o que era. Quando chegamos aqui, quis experimentar. Pronto, fez o teste”, conta Juliana, que vê uma grande vantagem: “o treino acontece na escola em que ela estuda, o Colégio Chromos. Ela tem aula pela manhã e pode treinar à tarde.”

A pequena Cecília Diniz Lacerda, de 7 anos, contou que faz ginástica artística no Colégio Magnum. “Não sei o que faz uma cheerleader, mas sei que o esporte que pratico é fundamento para estar aqui.”

Também com 7 anos, Maria Clara Mello estava empolgada. “Não sou da ginástica, mas gosto de dançar.” Ela foi levada pela tia, Gláucia Batista, que foi logo entregando a sobrinha. “Ele passa o dia, se deixar, dançando na frente do espelho. Acho que ser cheerleader é o negócio dela.”

A peneirada do BH Eagles não aconteceu apenas nesse domingo. Uma segunda etapa acontecerá em 20 de fevereiro. Segundo Lana, é importante observar bem um candidato. “Por isso não pode ser apenas uma vez.”

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