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Apesar da tristeza, Fabiana quer deixar incidente de lado e se concentrar nas quadras

Meio de rede foi vítima de ofensa racial na 3ª feira, em jogo do Sesi com o Minas

postado em 31/01/2015 12:48


Marcos Vieira/EM/D.A Press

A meio de rede Fabiana Claudino, do Sesi-SP, capitã da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, parece ter decidido dar um fim ao incidente de que foi vítima na última terça-feira, quando sua equipe foi derrorada pelo Minas, por 3 a 1. Na ocasião, ela foi ofendida por um torcedor identificado como Jefferson Gonçalves de Oliveira, que foi detido pela segurança da Arena JK e retirado do ginásio. Ele foi encaminhado à Polícia Militar, que registrou a ocorrência como sendo uma simples briga de torcida, e não um crime de ofensa racial, e sequer encaminhou o fato para uma delegacia, como determina o Estatuto do Torcedor.

Nessa sexta-feira, ela dise que não alimenta ódio do homem que a insultou da arquibancada durante a partida em Belo Horizonte, na terça-feira. Ela conta que o torcedor a chamou de macaca durante a partida. “Não tenho ódio de pessoas assim. Tenho dó dele. Dó da família. Ele é uma pessoa sem amor no coração.”

A jogadora contou que o Minas está dando apoio para que ela decida o que deve ser feito. “Minha mãe viu o homem me xingar. Torcedores chamaram a segurança. Eu percebi que havia algum tumulto na arquibancada , mas só soube do que se tratava mais tarde, quando me encontrei com meus pais. Todo mundo que tem filho deveria parar e refletir sobre esse assunto. Quando se trata de mexer com filho, ninguém quer sentir na pele.”

Fabiana não acredita que qualquer providência seja tomada e lamenta ter que passar por uma situação de discriminação racial. “É triste. Nunca pensei que um dia eu teria que falar sobre esse assunto. Preferia que não tivesse acontecido. Todos que me conhecem sabem disso. É a última coisa que queria.”

Superliga As quatro equipes mineiras que disputam a Superliga Nacional de Vôlei Masculino estarão em quadra neste sábado. No principal jogo da rodada, o Minas enfrenta o Campinas, às 21h30, no Ginásio Taqural, na cidade paulista. Para o ponteiro Escobar, da equipe mineira, este é o jogo da vingança. Ele lembra que é a chance de descontar a derrota para o time de São Paulo, nas semifinais da Copa do Brasil – o MTC ficou em terceiro lugar.

O Cruzeiro, líder da competição, com 47 pontos, nove à frente do segundo colocado, o Taubaté-SP, enfrenta o São Bernardo, no interior paulista, às 17h. O Montes Claros joga em casa, contra o Maringá, às 19h. O UFJF vai ao Rio Grande do Sul, enfrentar o Paquetá, às 19h, numa briga direta pela classificação aos playoffs. Também hoje, São José x Taubaté e Sesi x Canoas.

ENQUANTO ISSO

Minas perde, mas traz ponto do Rio

Diante do líder Rio, de Bernardinho, jogando fora de casa, as meninas do Minas estiveram muito próximas de conseguir a quinta vitória seguida contra os chamados grandes pela Superliga Feminina – vinham de bater Praia, Pinheiros, Osasco e Sesi). Ainda assim, a derrota por 3 a 2 – 25/23, 22/25, 19/25, 25/20 e 15/7 foi importante, já que permitiu à equipe do técnico Marcos Queiroga somar um ponto, e se manter próxima das cinco primeiras. O objetivo ainda é um lugar entre as quatro melhores, para ter a vantagem de decidir em casa nas oitavas de final.

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