As suspensões são consequência do jogo contra a Polônia, pelo último Mundial, disputado na casa do adversário, quando uma bola batida para fora pelos poloneses – a arbitragem deu o ponto para a Polônia, alegando que a bola teria tocado no bloqueio brasileiro – gerou uma discussão ao final do jogo. Com base na filmagem, a FIVB decidiu pela suspensão dos dois jogadores brasileiros e do técnico, que sequer aparece nas imagens, pois já estava no vestiário.
O caso ainda revolta os membros da comissão técnica. Bernardinho diz que é difícil aceitar tal punição. “Dez jogos, não entendo porque. Não estava em quadra e não fui à arbitragem discutir. Acho que pode ser por alguma coisa anterior, algo pessoal contra mim.”
O treinador reclama pelo descaso da entidade internacional. “Foram enviados vários recursos, por parte da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), mas nenhum foi respondido. Nenhum foi apreciado. Por isso penso que é algo pessoal contra mim e acabam punindo a seleção.” Bernardinho ficará de fora de quase toda a primeira fase. Ele não poderá ficar no banco nos jogos de BH; depois de São Bernardo, contra a Austrália; Sérvia, Itália, Austrália e retornará ao banco em Cuiabá, quando Brasil enfrentará a Itália.
Ele, no entanto, apoia, plenamente, seu substituto. “Nós estamos juntos desde 2006. Estivemos juntos em duas finais olímpicas. O controle e domínio das situações que acontecem em quadra não é diferente. Temos uma maneira de trabalhar e, dessa vez, ele estará no comando em quadra. Confio nele e o grupo também.” Sobre o fato de comandar a Seleção, Rubinho entende que a reponsabilidade será grande. “Ser técnico agrega mais coisas que ser um assistente-técnico. Como auxiliar, você passa informações para o treinador. Como técnico, terei de decidir. Tenho de lidar com a pressão.”
Na torcida A manhã de ontem foi diferente para os alunos do Instituto Educacional Missão Paz. Um grupo comandado pela professora de educação física Andrezza Nogueira Misquita, que é também árbitra, acompanhou os treinos. “A vinda da Seleção veio a calhar. Conversei com o vice-presidente da Federação, Thomaz Mendes, que aprovou a nossa vinda.”
E estar no Mineirinho para acompanhar um treino da Seleção fascinou os meninos. “Isso vai nos ajudar a conhecer mais e melhor o esporte que estamos estudando”, diz Matheus Rodrigues, de 13 anos. David Lucca Bastos classificou a visita como “legal”. No fim do treino, um brinde aos meninos e meninas. O técnico Bernardinho foi até o local onde estavam, nas cadeiras e distribuiu autógrafos e tirou fotos com eles, o que fascinou Carlos Eduardo Magno, 11, Thaissa Félix,11, Giovana Angel, 12 e Ana Lívia Ferreira, 13.
Novas regras
A Liga Mundial Masculina de Vôlei marcará a adoção de novas regras. A partir de agora, qualquer toque de um jogador na rede voltará a significar ponto para o adversário. Além disso, cada time poderá inscrever 14 jogadores e não mais 12. Com isso, além de seis jogadores em quadra, de cada lado, haberá oito no banco de reservas, sendo dois deles líberos.