A rivalidade é um dos elementos que animam o esporte. E foi ela que motivou o bom e disputado jogo entre o Montes Claros e o Cruzeiro, pelo Campeonato Mineiro, no Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves, nesse sábado à noite, quando o time da capital levou a melhor e venceu por 3 sets a 2, parciais 25 x 21,15 x 25, 16 x 25, 25 x 20 e 10 x 15. A partida foi marcada por muitas reclamações da equipe da casa contra a arbitragem.
O Cruzeiro buscava a vitória, a fim de ficar em primeiro lugar na fase de classificação. Para o Pequi Atômico, qualquer resultado não faria diferença, uma vez que a equipe já tinha garantida a vaga entre os semifinalistas e não tinha mais chances de alcançar o primeiro lugar, a única posição que garante vantagem na fase classificatória - de fazer a final em casa.
Mas, como do outro lado estava um forte rival do Montes Claros, a equipe norte-mineira encarou o jogo com espírito aguerrido e deu muito trabalho ao time celeste. O Pequi Atômico foi empurrado pela sua apaixonada torcida, desafiada pela presença de um grupo barulhento da Máfia Azul, torcida organizada do time de futebol do Cruzeiro, que decidiu apoiar a equipe também no vôlei. Nas arquibancadas houve predomínio do rosa. Pois, o Montes Claros, em apoio à campanha de prevenção contra o câncer de mama, "Outubro Rosa", permitiu que pessoas com blusas na cor da campanha não pagassem ingresso. Assim, mais de 4 mil pessoas foram ao ginásio,onde a maioria estava de rosa - incluindo muitos homens, reforçando a luta da prevenção do câncer.
O JOGO
No primeiro set, o Cruzeiro saiu na frente por 5 a 2. O Pequi Atômico reagiu e empatou em 6 a 6. O time celeste fez 8 a 7 no primeiro tempo tecnico, mas o time da casa, empurrado por sua torcida, virou o placar a seu favor por 14 a 13, marcando 16 x 13 na segunda parada técnica e fechando a parcial por 25 a 21.
No segundo e terceiro sets, o Montes Claros cometeu muitos erros. Na segunda parcial, o time celeste abriu vantagens de 8 a 3 na primeiro tempo técnico e 16 a 8 no segundo tempo técnico, e fechou a parcial por 25 a 15.
No terceiro set, com o potencial do seu saque e com a força do se ataque, noite inspirada do ponteiro Leal, o Cruzeiro voltou a vencer com facilidade. Marcou 8 a 5 primeira parada técnica, 16 a 8 no segundo tempo técnico, e fechou a parcial por 25 a 16.
O Pequi Atômico reagiu no quarto técnico. Abriu a vantagem de 8 a 4 no primeiro tempo técnico e continuou na frente na segunda parada técnica. A equipe da casa venceu a parcial por 25 a 20, levando sua torcida ao delírio e forçando o tie -break.
No quinto e decisivo set, o jogo foi equilibrado até o placar de 4 a 4. Aí, comecaram a polêmica e as reclamações do time da casa e da sua torcida contra a arbitragem. Após marcar um ponto de ataque, o ponteiro Juninho, do Montes Claros, que foi improvisado como oposto, na comemoração, chegou a entrar na quadra do adversário. Os jogadores do Cruzeiro protestaram junto ao árbitro, exigindo que Juninho fosse advertido, mas não foram ouvidos.
Nesse instante, o ponteiro Leal, do Cruzeiro, fez um gesto com as mãos, provocando o adversário. O técnico do Montes Claros, Marcelinho Ramos, nervoso, reclamou muito e recebeu cartão vermelho, o que gerou um ponto a mais para o time celeste. Com isso, o Cruzeiro ficou na frente (5 a 4). Os jogadores do Pequi Atômico protestaram muito e a torcida, em peso, gritou: "Vergonha! Vergonha!". Logo em seguida, a torcida voltou a reclamar da marcação de toque do bloqueio do Montes Claros em bola do ponteiro Felipe, do Cruzeiro, que caiu fora da quadra. O Montes Claros se destabilizou em quadra. Já o Cruzeiro, muito concentrado e com alta qualidade técnica do seu elenco, soube aproveitar a situação e venceu o set de desempate por 15 a 10, saindo vitorioso na partida por 3 a 2.
CAMPEONATO MINEIRO
Em jogo tenso, Cruzeiro bate Monte Claros por 3 a 2 pelo Campeonato Mineiro de Vôlei
Quinto set ficou marcado pelas reclamações das duas equipes
postado em 04/10/2015 14:51 / atualizado em 05/10/2015 10:19
Luiz Ribeiro /Estado de Minas