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CAMPEONATO BRASILEIRO

Nem todos os jogos devem ter árbitro de vídeo, avisa Coronel Marinho

Chefe da Comissão de Arbitragem diz que uso depende da parte tecnológica

postado em 18/09/2017 23:23 / atualizado em 18/09/2017 23:41

Reprodução/YouTube
A decisão de Marco Polo del Nero, presidente da CBF, de implantar imediatamente o árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro acabou levantando uma série de questionamentos sobre a viabilidade de se colocar a ideia em prática já no fim de semana. Nessa terça, uma reunião vai definir como tudo deve transcorrer, mas o chefe da Comissão Nacional de Arbitragem, Coronel Marinho, já antecipou que dificilmente todos os 10 confrontos da 25ª rodada terão o árbitro de vídeo.

“Vamos treinar os árbitros para atuarem nas 10 partidas no campeonato. Dependemos agora da parte tecnológica”, explicou o dirigente à Espn, sem saber informar qual será o critério de escolha nesse caso. “Temos uma reunião amanhã (terça). A empresa vai estar nos informando. Depende agora da confirmação da parte tecnológica, de oferecer todo o suporte seguro e com qualidade”, avisou.

Questionado sobre o andamento da preparação e dos ajustes para a implementação do árbitro de vídeo no Brasil, Coronel Marinho admitiu que apenas os dois jogos das finais do Campeonato Pernambucano foram utilizados na elite do futebol estadual como testes até agora.

“Fizemos quatro testes. Na federação pernambucana e na Série A2”, ciente de essa semana será de trabalho intensivo junto aos árbitros e assistentes. “Até o final da competição, vamos utilizar 14 árbitros e 14 assistentes. Temos três ou quatro árbitros que têm o curso e dois assistentes que têm o curso também, que serão multiplicadores para esse trabalho”, disse.

A dinâmica do auxílio proposto pela CBF prevê um árbitro de vídeo para questões técnicas e disciplinares, um árbitro assistente para opinar nos lances de impedimento, além de um supervisor, que pode ser consultado em caos mais complexos. Segundo o Coronel Marinho, serão utilizadas as mesmas imagens que a TV transmite para os telespectadores.

“O árbitro escolhe qualquer situação. Terá um planejamento. O protocolo quem determina é o árbitro de campo. Vai do consentimento dele na partida. Há uma reclamação muito forte, dúvida? Ele terá o momento de pedir a revisão. Tudo isso é tratado no planejamento do árbitro antes da partida. Vai ficar muito bem delineado entre eles, garantiu Marinho, com fé de que os jogos não sofrerão com paralisações demoradas, como inclusive ocorreu na final do Campeonato Pernambucano.

“As decisões não serão demoradas porque tem a experiência, a sensibilidade. Vamos focar o trabalho para tomar a decisão de forma rápida”, afirmou, confiante. “Há um tempo eu teria receio. A coisa está muito mais consolidada. É só um reforço. Teremos todos os cuidados. Temos exemplos de formas negativas, foram tirados ensinamentos. Vamos passar e reforçar para nossos árbitros. O risco sempre existe, mas temos que minimizar ao máximo”.

Já na final da Copa do Brasil, ainda não se sabe se o árbitro de vídeo será utilizado. No primeiro duelo da decisão, o Flamengo acabou arrancando um empate no Maracanã, diante do Cruzeiro, graças a um gol irregular. Por isso, muitos não concordam com a presença do auxílio tecnológico do jogo do Mineirão, dia 27.

“Estamos estudando. Se tiver condições, vamos trabalhar nos próximos jogos. Dependendo dos resultados, teremos árbitro de vídeo na Copa do Brasil”, avisou Marinho. “Vamos conversar com as duas equipes que estão na final. Se houver consentimento, vamos usar. Se não concordarem, acho justo tomar a decisão de não ter”, concluiu.

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