Inglesa Caterham tem fábrica fechada, mas administrador da equipe acredita em solução

Quem foi trabalhar na fábrica da Caterham, em Leafield, na Inglaterra, nesta quinta-feira, encontrou os portões fechados. Mesmo em crise, a equipe deverá continuar na luta pela sobrevivência. Pelo menos é o que diz o administrador Finbarr O’Connell. As informações são da agência Reuters.

O irlandês foi indicado para administrar a Caterham Sports Limited (CSL) logo após a intervenção judicial. Segundo ele, algumas partes já demonstraram interesse nos ativos e em manter a equipe na Fórmula 1. A CSL presta serviços para a 1 Malaysia Racing Team (1MRT), empresa que opera a Caterham na principal categoria automobilística do mundo.

“Os funcionários não podem entrar na fábrica hoje. A 1 MRT está usando as minhas instalações e ainda não me pagou”, explicou O’Connell à Reuters.

O irlandês ainda comunicou que a fábrica não abriu porque um acordo entre os advogados e os representantes da 1MRT não foi fechado nas reuniões da última quarta-feira, quando a direção da Caterham anunciou que vai devolver o comando da equipe para o antigo dono, o malaio Tony Fernandes. A 1MRT também afirmou que poderá tomar medidas judiciais contra Fernandes, já que ele não teria transferido a propriedade após a venda em julho.

“Estamos tentando chegar a um acordo aceitável para que a equipe esteja pronta. Tivemos uma reunião ontem com a 1MRT e os advogados dela, mas a oferta foi inaceitável. Por isso, tivemos de mandá-los embora”, explicou O’Connell.

Dono da companhia aérea Air Asia e presidente do Queens Park Rangers, time que disputa o Campeonato Inglês, Fernandes respondeu às acusações pelo Twitter, onde avisou que os novos proprietários não cumpriram com suas obrigações financeiras. “Se você compra algo, deve pagar por isso. Simples”.

Mesmo com os atritos, O’Connell ainda acha possível encontrar uma solução para a Caterham sobreviver na Fórmula 1: “Esperamos que eles possam voltar com uma proposta aceitável. Não acho que isso tenha acabado por aqui. É apenas o caso de achar quem tem o dinheiro para fazer o trabalho”.

De acordo com a Reuters, os carros do time verde são mantidos dentro da fábrica em Leafield. O’Connell também garantiu que os equipamentos não deverão ser retirados sem sua autorização.

A três corridas para o fim da temporada, a Caterham tem sua participação ameaçada, o que quebraria também um acordo com a organização do campeonato. A equipe, sem pontuação, é última colocada no Mundial de Construtores, junto com a Sauber.