Velocidade

FÓRMULA 1

Mudanças na F1 foram resultado de "birra" de Bernie Ecclestone com Max Verstappen

Verstappen, então com 17 anos, foi a grande sensação da F1 em 2016

postado em 22/03/2017 14:31 / atualizado em 22/03/2017 14:36

Jeroen JUMELET / Netherlands OUT
Nome presente no meio da Fórmula 1 desde os anos 1980, o britânico Pat Symonds revelou uma informação curiosa em entrevista ao jornal francês L’Équipe. Segundo o ex-diretor da Williams, as mudanças no regulamento da categoria que permitiram reformulações aerodinâmicas e, consequentemente, mais velocidade, aconteceram por uma espécie de “birra” do então chefão da F1, Bernie Ecclestone.

 

“Fazer os carros cinco segundos mais rápidos por volta nessa temporada não tem nada a ver com melhorar o espetáculo. A ideia veio de Bernie no grupo de estratégia. Ele se sentiu insultado pelo fato de que um garoto de 17 anos como Verstappen pode correr e ter êxito na Fórmula 1”, afirmou Symonds.

O belga Max Verstappen foi a grande sensação da temporada de 2016. Com apenas 17 anos, o piloto foi “promovido” da Toro Rosso para a Red Bull na quinta corrida do circuito. No GP da Espanha, em Barcelona, logo na sua estreia, o garoto conseguiu sua primeira vitória após acidente entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton. Verstappen terminou o campeonato na quinta colocação, apenas oito pontos atrás da Ferrari do tetracampeão Sebastian Vettel.

Para 2017, a F1 recebeu mudanças em seu regulamento que permitiram diferenças na aerodinâmica dos carros, como a volta da “barbatana de tubarão” e a asa dupla, que trazem mais aderência nas curvas e, com isso, maior velocidade.


“Eles pensaram que, se os carros fossem cinco segundos mais rápidos, então seria mais difícil de pilotar, especialmente para um jovem. Mas os fatos se demonstraram o contrário. Pessoalmente não acho algo ruim ter um garoto de 17 anos pilotando na F1. Se o esporte quer atrair o público jovem, precisa de pilotos jovens”, completou o britânico.

Symonds surgiu na Fórmula 1 nos anos 1980, quando trabalhou na Toleman como engenheiro de corrida. O britânico seguiu na equipe através dos anos, continuando mesmo depois de sua venda à Benetton e, mais tarde, à Renault. Em 2008, era um dos dirigentes da equipe francesa quando foi deflagrado o escândalo sobre o acidente forjado do brasileiro Nelsinho Piquet. Banido por cinco anos de qualquer esporte a motor, Pat voltou para a F1 em 2011, como consultor da Marussia. Seu último trabalho foi na Williams, de 2013 a 2015.

Tags: Fórmula 1 f1