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FÓRMULA 1

Novos donos da F-1 revelam ofertas para realizar corridas em mais de 30 locais

Sean Bratches garantiu a permanência de Silverstone no calendário até 2019

postado em 12/07/2017 17:13 / atualizado em 12/07/2017 18:18

Dan Istitene/AFP
Um dia depois de os proprietários do circuito de Silverstone anunciarem o fim do contrato com a Fórmula 1, os novos proprietários da categoria revelaram que receberam ofertas para realizarem corridas em mais de 30 locais diferentes pelo mundo. Ele afirmou que nenhuma decisão sobre o GP da Inglaterra foi tomada pela organização.

"Desde que estou aqui, provavelmente 30 países, cidades e principados vieram até nós com interesse em levar a Fórmula 1 a suas cidades, seus países", declarou Sean Bratches, diretor comercial da F-1, em entrevista à agência de notícias Associated Press.

Bratches fez a revelação um dia depois de os organizadores do GP da Inglaterra ativarem uma cláusula de ruptura do seu contrato, numa tentativa de buscar um acordo financeiramente mais viável para prosseguir no calendário da Fórmula 1. Assim, o GP inglês de 2019 será o último em Silverstone.

O fim do vínculo não foi bem recebido pelos novos donos da F-1, o grupo Liberty Media, às vésperas justamente do GP britânico, que será disputado no fim de semana. "Estamos agora num local único", disse Bratches, referindo-se ao tradicional GP. "Temos uma abundância de oportunidades e vamos ter que definir para onde vamos. E a nossa referência é: 'O que é o melhor para nossos fãs'", questionou o dirigente da Liberty Media.

O Clube Britânico de Pilotos de Corrida (BRDC, na sigla em inglês) alegou que o valor cobrado pela F-1 para sediar a corrida em Silverstone estava aumentando ano a ano, acima das capacidades do grupo, que não recebe subsídio governamental para sustentar o GP da Inglaterra.

O BRDC apontou perdas em 2015 de 2,8 milhões de libras (R$ 10,5 milhões, na cotação atual) e de 4,8 milhões de libras (R$ 20,2 milhões) em 2016. A taxa anual dos promotores para o GP aumentou de 11,5 milhões de libras (R$ 48,3 milhões) em 2015 para 16,2 milhões de libras (R$ 68,1 milhões) para esta temporada. De acordo com os organizadores da corrida, o valor saltará para 25 milhões de libras (R$ 105 milhões) até 2026, o último ano do contrato atual.

Sean Bratches garantiu a permanência de Silverstone no calendário até 2019, seguindo o contrato atual, e afirmou que a F-1 fará um esforço para manter uma etapa do calendário em solo inglês. "Do ponto de vista da F-1, estamos muito comprometidos em seguir com um GP britânico no futuro."

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