MMA

UFC on Fox 11

Bonitas e boas de briga

Duelo feminino é novamente destaque em uma edição do UFC, agora reunindo Miesha Tate, uma das musas do MMA, e Liz Camouche. Luta principal terá o brasileiro Werdun contra americano

postado em 19/04/2014 09:00 / atualizado em 04/11/2014 15:25

Vicente Ribeiro /Superesportes , Túlio Kaizer /Superesportes

Divulgação/Strikeforce
O MMA feminino nunca esteve tão em evidência, graças à perfeita combinação entre beleza e técnica. As artes marciais mistas praticadas por mulheres ganharam um novo impulso com o surgimento de atletas que se destacaram não só pela eficiência no octógono, mas também pelo estilo fora dele, chamando a atenção dos fãs e da mídia. Uma das responsáveis pelo crescimento do esporte estará em ação hoje, em Orlando (EUA), no UFC on Fox 11: Werdum x Browne. Aos 27 anos, sete deles dedicados ao MMA, Miesha Tate busca a recuperação para se reposicionar na linha do cinturão da categoria peso galo.

Também conhecida como “Cupcake”, por gostar de devorar o bolinho depois dos treinos, Miesha vai enfrentar outra norte-americana, Liz Carmouche, na luta coprincipal. Uma das musas do esporte, ela vem de derrotas e precisa se reabilitar em Orlando. Em abril de 2013, perdeu para Cat Zingano por nocaute técnico. Em dezembro do ano passado, teve a revanche contra a grande desafeta e rival, a campeã e estrela da companhia, Ronda Rousey, na edição 168 do UFC. Acabou superada por finalização com chave de braço.

Agora, está confiante em reencontrar o caminho das vitórias no octógono. “Espero vencer. Estou empolgada com a chance de mostrar um grande desempenho. Acho que o meu estilo de luta e o da Liz são compatíveis, e vamos proporcionar uma luta empolgante”, garante.

RIVALIDADE Miesha e Ronda têm importância direta no desenvolvimento do MMA feminino, o que levou o presidente do Ultimate Fighting Championship (principal organização do esporte no mundo), Dana White, a investir pesado na criação da categoria peso galo. Quando era campeã da mesma divisão no extinto Strikeforce, a Cupcake teve a loura como desafiante, em março de 2012, em luta histórica. Ela perdeu o título com derrota para a ex-judoca por finalização no primeiro round, com chave de braço.

O confronto impulsionou o esporte entre as mulheres e abriu as portas da mídia para as lutadoras. Entretanto, ao mesmo tempo, deixou mágoas e uma rivalidade crescente entre as musas. “A gente se odeia há muito tempo, não existe teatro”, admite Miesha.

Ela passou a ser disputada por revistas esportivas para ensaios, mas não considera que se destaca por causa da beleza. “Não me vejo como um símbolo sexual, as outras pessoas é que pensam isso (risos). Eu me considero orgulhosa por ser mulher, gosto de usar maquiagem, salto alto e vestidos. Garotas normais fazem isso e comigo não é diferente. Mas o fato de eu ser lutadora muda as coisas na cabeça de algumas pessoas.”

Miesha já esteve no Brasil, para um camp de treinamentos, e elogiou o país. “Eu adoraria lutar para os fãs brasileiros (risos). Acho que os brasileiros são uns dos mais apaixonados do planeta, assim como os lutadores. Acharia bem legal lutar no Brasil. Só espero que eles não fiquem me dizendo que eu vou morrer! (risos)”, brincou, numa referência à forma como os torcedores brasileiros saúdam os estrangeiros nos eventos, aos gritos de “Uh, vai morrer...”. (Colaborou Lucas Rage)


TRÊS PERGUNTAS PARA...
. Miesha Tate, lutadora de MMA

Você engatou um relacionamento firme com Bryan Caraway, peso galo do UFC. Como é namorar um lutador, sendo também lutadora?
Gosto do fato de estar com alguém que me entende, e acho que ele também gosta de ter alguém que o entende, não só na luta, mas tudo o que acontece até a luta: das dietas os treinamentos, o ganho de peso e o próprio octógono (risos). É alguém com quem você pode lidar com as vitórias e derrotas, do tipo "eu estive lá, sei como você se sente". Quando ele está no octógono lutando, eu estou confiante, pois sei o quanto ele é bom.

Você fica apreensiva antes das lutas dele?
Não fico nervosa ou preocupada com o fato de ele se ferir ou ficar machucado, sei que isso pode soar frio, que a maioria das namoradas ficariam tipo “oh meu deus, ele vai se machucar!”, mas eu não ligo, pois sei que ele é super, super durão. Então, não me preocupo com o dano físico que ele possa sofrer. Mas fico pensando “cara, se ele perder, vai ser difícil para ele, pois treinou muito”. Essa é a parte que me incomoda e que me preocupa quando ele luta.

Quem é que se preocupa mais nas lutas: você com ele ou ele com você?
Definitivamente, ele. O Bryan é o protetor do casal (risos).

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