APOSENTADORIA

Minotauro admite dificuldade em parar de lutar, mas diz que corpo não estava mais 100%

'Lenda' brasileira disse que a parte física pesou na decisão de deixar o octógono

postado em 01/09/2015 19:29 / atualizado em 01/09/2015 19:33

Reprodução/Twitter — Minotauro admite que decisão de parar de lutar não foi fácil, mas que a parte física pesou para aposentadoria

Ao anunciar a aposentadoria em entrevista coletiva, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, Rodrigo Minotauro admitiu que não estava preparado para encerrar a carreira. Entretanto, ao mesmo tempo, o Big Nog admitiu que já não suportava mais o ritmo de treinos e isso pesou na decisão de encerrar a carreira no octógono e assumir nova função, atuando no desenvolvimento de novos atletas no UFC.

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"A gente nunca está preparado. Lutador nasce com vontade de lutar, é mais que um instinto", afirmou Minotauro ao ser perguntado se estava pronto para deixar o octógono. Aos 39 anos, o ex-campeão do PRIDE e do UFC assumirá o cargo de Embaixador de Relacionamento com Atletas do UFC Brasil, ajudando tanto na formação como no crescimento dos novos profissionais de MMA no país, com potencial para assinar com o Ultimate Fighting Championship.

Mesmo admitindo dificuldade em abandonar a vitoriosa carreira, o ícone do MMA brasileiro admitiu que, fisicamente, se sentia abaixo do ideal para continuar em ação. “Meu corpo não estava mais 100% para exercer essa atividade. Fiquei triste, mas consciente do que devia fazer. Não posso pensar apenas na minha carreira, preciso entender quantos novos garotos vamos poder ajudar", disse Minotauro.

O Big Nog fez uma comparação da época em que começou no esporte, quando a preparação física não era a mesma de agora, com os lutadores dando ênfase não só aos treinos técnicos, mas também ao condicionamento. "O esporte hoje é mais organizado, antes a gente quebrava pedra mesmo, tinha mais dificuldade. Em uma parte da minha carreira eu não cuidei tanto do meu corpo. Poderia ter dado uma atenção a mais, mas a vontade de lutar era maior. Apesar disso, não me arrependo de nada na minha trajetória", frisou.