Conforme antecipei há algumas semanas, o Atlético não ficará com o técnico Levir Culpi para 2016. Uma fonte me revela que a diretoria está cansada das invenções do treinador e da liberdade que ele dá aos atletas, pois alguns estão na gandaia. O Galo tomou de quatro do Santos, do Sport e do São Paulo; perdeu duas vezes para o Atlético-PR e empatou com o Joinville quando este era lanterna, além de outros resultados pífios. A ideia é trazer um técnico estrangeiro. O presidente Daniel Nepomuceno é amigo de Alejandro Sabella e até o consultou antes de o Brasileiro começar, mas o argentino disse que queria trabalhar na Europa – atualmente está parado. Outros dois gringos estão na lista alvinegra. Para quem não sabe, na final da Copa do Mundo, Nepomuceno seguiu para o Maracanã no ônibus dos hermanos, convidado por Sabella. Eles se tornaram amigos durante a estada da Seleção Argentina na Cidade do Galo no ano passado. Sabella enche os olhos do presidente, que ainda vai tentar demovê-lo da decisão. A disputa da Copa Libertadores é o principal trunfo de Nepomuceno.
Na corda bamba
Tanto o diretor de futebol Alexandre Mattos quanto o técnico Marcelo Oliveira estão na corda bamba e poderão ser demitidos do Palmeiras, caso não ganhem a Copa do Brasil. Os conselheiros palmeirenses e a torcida questionam as mais de 30 contratações e a falta de resultados. O time só tem uma chance de chegar à Libertadores, que é vencer a Copa do Brasil, pois despencou no Brasileirão. Não à toa, eu disse ao presidente Paulo Nobre que seu time não chegaria entre os seis primeiros, e hoje ele ocupa a 10ª posição.
Desunião
Os clubes brasileiros são mesmo desunidos. Em vez de negociarem a renovação do contrato com a Globo juntos, cada um acerta com a emissora segundo sua necessidade. Assim, perdem força e aceitam qualquer migalha. A maioria da Série A está renovando até 2020 com a certeza de receber uma espécie de luvas no valor de R$ 30 milhões. Como a maioria dos clubes está de pires na mão, o jeito é aceitar a oferta sem nem sequer ouvir outras emissoras. Já na Primeira Liga, o CEO Alexandre Kalil quer bater o martelo pela melhor proposta, independentemente da emissora.
Ele quer títulos
Caso seja reeleito presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo (foto), que até aqui cuidou apenas de sanear o clube, quer títulos. Ele entende que depois de diminuir a dívida em quase R$ 300 milhões, chegou a hora de montar um time competitivo para ser campeão. Essa é uma exigência dos conselheiros e da torcida. O Flamengo não ganha um título importante desde 2009, quando se sagrou hexacampeão brasileiro.
Não a Delfim
Marco Polo del Nero não admite renunciar ao cargo de presidente da CBF. Se optar por uma licença, vai indicar para substituí-lo o vice da Região Nordeste, Fernando Sarney, em vez de Delfim Peixoto, o mais velho e que assumiria em caso de renúncia, segundo o estatuto da entidade. Peixoto tem sido um crítico severo de Del Nero – ele se associou a clubes e dirigentes no apoio à Primeira Liga, fazendo acusações veladas ao presidente da CBF. Del Nero garante que renúncia é uma palavra que não existe em seu dicionário.