Atlético

Confiança no taco

postado em 23/07/2014 08:28 / atualizado em 23/07/2014 08:31

Mayko Silva/Especial para o EM /Estado de Minas

Ramon Lisboa EM DA PRESS
O Lanús não contará com muito incentivo nas arquibancadas do Mineirão esta noite para tentar inverter resultado favorável ao Atlético na final da Recopa Sul-Americana. A expectativa de poucos torcedores argentinos no estádio deve se confirmar, principalmente se levado em conta o que se viu ontem, na chegada da equipe a BH. Diferentemente de Olimpia e Nacional de Medellín, adversários do Galo na final da Copa Libertadores do ano passado e nas oitavas de final deste ano, respectivamente; e do San Lorenzo (que tirou o Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores), os Granates tiveram desembarque discreto na capital mineira, acompanhada por poucos integrantes de sua torcida. Como alento, a confiança dos próprios jogadores, otimistas, apesar de toda a adversidade.

A delegação do Lanús chegou a Confins no início da tarde e seguiu diretamente para a concentração, em um hotel na Região Nordeste de BH. Lá permaneceu até a noite, quando seguiu para o treino de reconhecimento do Mineirão. O clima do lado de fora do hotel era de total tranquilidade e isolamento, com poucos torcedores da equipe.

Dois deles vieram em família. Martín Acosta, de 38 anos, e o pai, Carlos Acosta, que completou 77 ontem, sempre viajam juntos para ver o Lanús jogar. Eles demonstraram total confiança de que o patriarca receberia hoje seu presente de aniversário. “O Atlético Mineiro é mais ou menos. Vamos ganhar de 2 a 0, com dois gols de (Santiago) Silva”, previu Martín. Carlos foi mais contundente: “Precisamos ganhar, ganhar ou ganhar, de qualquer jeito, se não os matamos. Temos viajado sempre para vê-los, estivemos em São Paulo ano passado (para a final da Copa Sul-Americana, contra a Ponte Preta), quando vencemos, e na Bolívia este ano (derrota para o Bolívar por 1 a 0 e eliminação da Libertadores, nas quartas)”.

JOGO DIFÍCIL A equipe argentina tem esperança de superar o Atlético, mesmo com mais de 50 mil torcedores no Mineirão, mas, para isso, terá de mostrar sua força. Essa é a opinião do jornalista do Clarín Fernando Gourovich. “O Lanús é muito mais do que mostrou no primeiro confronto, mas é difícil. Vai ser um jogo aberto, em que o Lanús vai ter de se lançar ao ataque, mas o Mineiro é muito ofensivo também”. O repórter argentino ainda alertou que se a disputa for para os pênaltis, o goleiro Marchesín pode se destacar. Além disso, apontou: “Os volantes são muito bons, o Acosta, que vai entrar no ataque, também é perigoso e Silva é sempre goleador”.

O técnico Guillermo Schelotto fará duas mudanças em relação ao time que começou o jogo passado, em La Fortaleza. Além da entrada de Acosta para formar dupla ofensiva com Santiago Silva, o volante Ortiz reforça o meio-campo. “(O treinador) testou com vários esquemas. Em um deles, eu jogo, vamos ver. Vai ser uma partida duríssima”, afirmou o atacante Acosta.