Herói atleticano no clássico, jovem Carlos destaca sonho realizado com gols e vitória

Revelação da base atleticana, o atacante Carlos viveu um dia especial no primeiro clássico como titular. O jovem de apenas 19 anos deixou a marca duas vezes e garantiu o triunfo alvinegro por 3 a 2, no Mineirão, com um gol aos 46min do segundo tempo. Muito festejado pelos companheiros depois da partida, ele disse que foi a realização de um sonho e atribuiu o crescimento no grupo profissional ao empenho nos treinamentos.

Carlos abriu o placar aos 39min, aproveitando bem bola ajeitada por Diego Tardelli. Isolado na frente, ele teve dificuldades, mas deu trabalho à defesa celeste durante o clássico. E ainda mostrou estrela ao garantir o triunfo, nos acréscimos, cabeceando para as redes de Fábio depois de cruzamento de Leandro Donizete. Na comemoração, o jovem atacante tirou a camisa e foi abraçado pelos companheiros.

Muito procurado pela imprensa depois da partida, o atacante disse que encarou a atuação decisiva como um prêmio pelo empenho na carreira. “Realizei esse sonho e agradeço a Deus, minha família e minha namorada, que assistiram ao jogo. É muito emocionante, e a torcida merece. Sempre sonhei com isso”, declarou o atacante promovido dos juniores.

Ele recordou momentos difíceis na base, em que buscava a afirmação para chegar ao grupo profissional. E disse que nunca deixou de acreditar no sucesso. “Sempre acreditei. Minha mãe correu atrás para que eu conseguisse. Realizei um sonho, pois joguei contra o rival, fiz dois gols e saí com a vitória”, enfatizou o jovem atacante, que marcou pelo segundo jogo seguido – antes ele deixara a marca no triunfo diante do Goiás (3 a 2).

Elogios do chefe

O técnico Levir Culpi, um dos responsáveis pelo aproveitamento do jovem oriundo da base no grupo profissional, destacou o bom rendimento de Carlos e até se mostrou preocupado com o acúmulo de partidas do atacante – ele foi cedido ao time júnior para a decisão da Taça BH contra o América. “São situações que foram criadas. O Carlos teve oportunidade e até me preocupou, pois foi liberado para jogar a Taça BH, jogou sete partidas em 14 dias”, enfatizou.

“Nos primeiros jogos ele teve que sair no intervalo, porque não conseguia correr. Mas ele tem números muito altos em todas as categorias de base, são números que mostram objetividade. E começa a encaixar no profissional com esses números”, avaliou o treinador em coletiva de imprensa depois do clássico.

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