Soco, choro, dedicação e título: a batalha de Maicosuel para jogar a final da Copa do Brasil

Imagine ser vetado no vestiário momentos antes da decisão da Copa do Brasil contra o arquirrival. Maicosuel passou por isso no Independência, no jogo de ida do Atlético contra o Cruzeiro.

Ele não segurou a reação. “Fiquei tão nervoso quando recebi a notícia que havia tido uma lesão grau 2 que dei um soco na porta do vestiário”, revelou.

Em seguida, não segurou as lágrimas. “Foi muito difícil. Chorei tudo o que tinha para chorar naquele momento, me emocionei novamente antes dos meus companheiros entrarem em campo.”

Do drama ele tirou forças. A meta era se recuperar em duas semanas para a finalíssima da Copa do Brasil. “Veio o dia seguinte e coloquei na minha cabeça que eu tinha que transformar essa enorme frustração em motivação. Sabia que as chances de me recuperar a tempo eram mínimas, mas me apeguei nisso e fui em frente. Contei com a ajuda de toda junta médica e comissão técnica do Atlético, fiz tratamento todos os dias, e Deus acabou vendo esse meu esforço e me abençoando.”

Maicosuel começou no banco de reservas, mas ainda no primeiro tempo foi acionado pelo técnico Levir Culpi para entrar no lugar de Luan, que se machucou na partida.

“Sinceramente, eu acreditava que iria entrar apenas alguns minutos na decisão, e isso para mim já seria maravilhoso. Mas infelizmente veio a lesão do Luan, e acabei participando além do que esperava.”

Todo o esforço de Maicosuel e do time do Atlético, que derrotou o Cruzeiro nos dois jogos (2 a 0 e 1 a 0), foi premiada com a taça. “Me senti um privilegiado por fazer parte desse título e por colocar meu nome na história do Galo. Quis tanto isso que acabou acontecendo. Foi um dos dias mais felizes e inesquecíveis da minha carreira. Tenho confiança de que mais coisas boas virão pela frente.”