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Galo é o primeiro clube a oficializar o Profut, mas diretor ainda vê pendências para ajustar

Lásaro Cândido da Cunha usou as redes sociais para criticar projeto do governo

postado em 12/10/2015 19:33 / atualizado em 12/10/2015 20:02

Bruno Cantini/Atlético
O Atlético oficializou, no último dia 6, sua adesão ao Programa de Modernização do Futebol Brasileiro (Profut). A MP 671 (do futebol), Lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, tem como objetivo quitar as dívidas fiscais dos clubes do país em um prazo que pode se estender por até 20 anos. O Galo é a primeira equipe a aderir formalmente ao Profut.

O diretor jurídico do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, explicou que, apesar do acordo estar fechado, ainda restam questões a serem resolvidas nos próximos dias.

“O dinheiro bloqueado, cerca de R$ 50 milhões, deve ser utilizado para abatimento da dívida do Atlético (cerca de R$ 170 milhões). O valor faria o abatimento de sete ou oito anos de parcelas, que giram em torno de R$ 400 mil mensais. Mas corre o risco da União negar esse abatimento e o Atlético vai entrar para discutir e tentar resolver da forma que queremos. Enquanto o abatimento das parcelas não acontece, o Atlético vai cumprir com o que foi formalizado no Profut e pagar as parcelas até que a questão seja resolvida”, disse Lásaro ao Superesportes.

Mais cedo, via Twitter, o diretor alvinegro havia rebatido alguns pontos do programa do governo: "O Profut é fraco. Perdeu-se uma boa oportunidade de qualificar e melhorar o futebol. Mas com a maioria desse parlamento e governantes...", publicou.

Entenda a situação do Galo no Profut


O Galo deve refinanciar em torno de R$ 170 milhões, mas os valores podem sofrer redução. Isso porque a entrada retida na Fazenda Nacional, na negociação de Bernard ao Shakhtar Donetsk, ainda em 2013, pode ser usada para abater parte da dívida ou ser diluída nas parcelas. Essa migração dos valores bloqueados ainda não foi definida.

Certo é que o Atlético terá 240 meses (20 anos) para quitar todas as dívidas e não sofrerá mais com problemas de bloqueios financeiros se estiver adimplente. Segundo o diretor Lásaro Cândido da Cunha, o Alvinegro, em termos gerais, entende que a adesão é o melhor caminho, embora considere que há problemas (clique e leia a matéria sobre as críticas do Atlético ao Profut).

Nos primeiros seis anos, os clubes que aderirem ao programa terão redução nos juros. A quantia mensal tem abatimento de 50% nos primeiros 24 meses, 25% até completar 48 meses e 10% até o fim do 72º mês. A Lei sancionada por Dilma prevê redução de 70% da multa e de 40% nos juros, 10% e 15% a mais em cada item, respectivamente, em comparação com o Refis do ano passado.

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