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Levir explica motivo de não cumprir jogos finais e vontade de trabalhar nos EUA ou Europa

Técnico disse que não sentiu convicção por parte da diretoria do Atlético

postado em 28/11/2015 16:05 / atualizado em 28/11/2015 15:16

Beto Novaes/EM/D.A Press.
Levir Culpi desabafou sobre a forma em que se despediu do Atlético. De certa forma magoado, o técnico explicou o desenrolar da negociação com os dirigentes e disse que não houve convicção da diretoria para que ele pudesse continuar. Assim, preferiu sair antes do fim do contrato, comparando a situação com a de um jogador vendido ao exterior e sem ambiente para vestir a camisa do clube na jornada final.

“Para mim não causou surpresa alguma. O Maluf havia me chamado há dois meses com uma proposta, eu fiz uma contraproposta. Não voltamos mais a conversar até os últimos dias, quando o presidente me chamou e disse que eu não ficaria. Eu não gosto de escalar um jogador que está prestes a ser negociado. Para mim, inconscientemente, ele começa a fazer as contas que vai sair. É do ser humano se defender. Por exemplo, se um jogador do Atlético tem proposta da Rússia, é normal ele se defender. Eu não gosto de escalar um jogador nessa situação. A mesma coisa serve para mim. Falei: 'se vocês não resolveram ficar comigo, já devem estar prevendo ou conversando com algum técnico'. A decisão de não participar partiu de mim. Os jogadores pediram para eu permanecer, mas foi meu julgamento de momento. Pode ter sido errado, mas reagi assim”, disse ao canal Esporte Interativo.

Questionado se o salário desejado por ele seria empecilho, Levir deixou claro que o problema não foi dinheiro, mas a convicção da diretoria na necessidade de mudança. O próprio Daniel Nepomuceno admitiu que havia um desgaste e enxergava que era hora de trocar o comando.

“Não era uma diferença financeira grande. Era uma questão de cinco minutos. Se eu sentisse convicção na renovação...no meu caso não faz diferença o que eu iria ganhar ou o que estou ganhando. O que faz diferença é o ambiente. A estrutura para eu ficar no Atlético”, completou.

Por fim, Levir revelou onde pode trabalhar no futuro: “Sinceramente, meus planos para permanecer no Brasil era o Atlético. Agora eu gostaria de um para um mercado de Estados Unidos ou Europa. Eu já estive na Ásia. Para Japão, China ou Arábia Saudita só se for algo excepcional. Já conheci tudo nos sete anos no Japão. Eu gostaria de ir para um mercado mais próximo. É claro que todo mundo quer ir para lá. Não tenho nenhum convite e nada para responder”.

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