O Galo criou pelo menos três chances no segundo tempo que poderiam ter mudado a história da partida e facilitado sua tarefa no segundo duelo, mas as desperdiçou. Ao mesmo tempo em que poderá se classificar com triunfo por qualquer placar, o time precisará novamente mostrar consistência defensiva e eficiência ofensiva, já que empate com gols dá vaga aos argentinos – novo 0 a 0 leva a pênaltis.
“Um empate fora de casa é bom para a gente, mas sabemos que tivemos chance de matar o jogo. Na teoria, o resultado é mais favorável, mas temos que correr muito para buscar a classificação diante do nosso torcedor”, analisou o atacante Robinho, que quase marcou na etapa complementar e teve atuação satisfatória na Argentina.
O lateral Marcos Rocha minimizou a pressão do Racing e valorizou a atuação do time mineiro, sobretudo na defesa: “Tivemos a oportunidade do contra-ataque, mas fomos consistentes e concentrados. Demos um passo importante e esperamos ter uma boa semana para tentar a classificação”.
ENERGIA
Os mais de 1 mil atleticanos presentes em Avellaneda foram rapidamente sufocados pela fanática torcida do Racing, que cantava até mesmo nos tiros de meta. O El Cilindro se transformou logo numa panela de pressão. A energia das arquibancadas levou a equipe de Facundo Sava a pressionar desde o começo. Compactado no meio-campo, o Galo deu brechas para os donos da casa atacarem pelas laterais, se beneficiando da fragilidade da marcação de Marcos Rocha e Douglas Santos.
Óscar Romero, armador do Racing, foi o ponto-chave dos anfitriões. Habilidoso, ele liderou as jogadas de ataque e de bola parada, abrindo espaço no meio da defesa alvinegra. Mas a virtude do Galo foi administrar o nervosismo em momentos chave. Leandro Donizete, que completou 200 jogos pelo time, se destacou no primeiro combate e deixou o campo sem levar o cartão amarelo.
Júnior Urso, Robinho e Lucas Pratto tiveram a oportunidade de dar a vitória aos mineiros, mas desperdiçaram. A melhor chance argentina foi num chute de Lisandro López na trave de Victor. No segundo tempo, com o alvinegro dominando, o técnico Diego Aguirre trocou Dátolo e Robinho por Clayton e Cazares, mas as mudanças não surtiram efeito para chegar com mais eficiência à meta rival.
O Galo deve divulgar nesta quinta-feira detalhes da venda de ingressos para o jogo de volta. A expectativa é de que os 22 mil lugares se esgotem entre os sócios do programa Galo na Veia. No domingo, a equipe encara o América na primeira partida da final do Campeonato Mineiro, também no Horto.