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Em busca de novas vibrações, Marcelo Oliveira deve implantar 'filosofia ofensiva' no Atlético

Treinador deve manter no Atlético ofensividade que marcou seus últimos trabalhos

postado em 25/05/2016 11:00 / atualizado em 25/05/2016 11:07

Artes/EM/D.A Press
Futebol ofensivo, habilidade e intensidade de jogo. A chegada de Marcelo Oliveira ao Atlético pode representar uma mudança de postura da equipe se comparada à formação usada por Diego Aguirre nos primeiros meses de 2016. Além de fazer a equipe voltar a conquistar títulos de expressão, o novo treinador chega para devolver a vibração ao alvinegro, característica que ele espera já ver diante do Grêmio nesta quinta-feira, às 21h, no Independência, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

Em seus dois títulos nacionais com o Cruzeiro, Marcelo optou por esquemas de velocidade, privilegiando a posse de bola e as saídas rápidas para o ataque. No Galo, ele acredita que o time vai se organizar naturalmente dessa forma, diferentemente do estilo de Aguirre, que defendia uma equipe mais encorpada e segura na defesa, inclusive com três jogadores de marcação. “Não quero fazer avaliação do trabalho anterior. Intensidade, marcação, agressividade são exigências do próprio futebol. O Atlético já tem sido forte nesse aspecto e vamos tentar manter, já aprimorando para o jogo contra o Grêmio”, afirma o treinador, de 61 anos, que implantou o sistema 4-2-3-1 tanto no Cruzeiro quanto no Palmeiras. Por causa dos muitos desfalques (são 10), ele terá poucas opções para começar a montar sua espinha dorsal no jogo no Horto.

A nova forma de trabalho exigirá adaptação aos atletas. No treino de terça-feira, Marcelo já mostrou sua metodologia, trabalhando incessantemente as finalizações e as bolas aéreas com laterais, zagueiros, volantes e atacantes. Em cinco meses no Galo, Aguirre pouco explorou as atividades técnicas – quando as usou, fez simultaneamente com o trabalho tático. Outra mudança na era Marcelo será a volta das concentrações antes dos jogos, que estavam abolidas no clube desde Levir Culpi e foram determinadas por Aguirre somente na véspera de confrontos decisivos.

DIÁLOGO

Cotado para ser improvisado na esquerda, na vaga de Douglas Santos, que está com a Seleção Brasileira, Carlos César vê com bons olhos o estilo de Marcelo: “É um treinador bacana. Ele usa muito o diálogo, o que é positivo, porque o ambiente é bom”. Ele atuou na posição na vitória sobre o Santos por 1a 0, em Belo Horizonte, na estreia no Brasileiro. A lateral esquerda é uma das posições que devem receber reforço no Galo. Um armador e um atacante com características de área também estão na pauta, mas o clube vai esperar a abertura da janela de transferências para o futebol brasileiro, em 20 de junho, para encaminhar as contratações.

Marcelo acredita ter sido fundamental assumir o Galo logo no início da competição: “O ideal é começar no início da temporada e montar o grupo. Mas o Atlético já tem uma base sólida, com um time muito competitivo. Vamos apenas fazer ajustes”. Por falta de opções no setor ofensivo, a equipe deve ter três volantes contra o Grêmio – Eduardo, Rafael Carioca e Júnior Urso são os nomes prováveis. Para o ataque, há mais variáveis, como Patric, Hyuri, Clayton, Carlos, Pablo e Capixaba.

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