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Após sustos com cruzamentos do Inter, Atlético terá pela frente time especialista no assunto

No campeonato brasileiro, Flamengo já cruzou 747 bolas na área dos adversários; Galo vem sofrendo nas últimas partidas com esse tipo de jogada

postado em 28/10/2016 16:46 / atualizado em 28/10/2016 20:49

Ricardo Duarte/Internacional
Num clássico nacional que vale a vice-liderança do Campeonato Brasileiro, detalhes podem fazer a diferença. E, para o duelo deste sábado contra o Flamengo, o Atlético demonstra preocupação especial em um tipo de jogada que tem tirado o sono do sistema defensivo alvinegro: cruzamentos na área.

Tudo isso porque a equipe carioca é uma das mais eficientes da Série A nesses lances. Dos 45 gols marcados pelo Flamengo no Brasileirão, 24 se originaram de cruzamentos - rasteiros e aéreos. Desses, apenas sete foram resultados de jogadas de bola parada.

Além da eficiência rubro-negra, as dificuldades enfrentadas pela defesa do Atlético nesse tipo de lance preocupam o técnico Marcelo Oliveira. Apesar de ter vencido o Internacional por 2 a 1 na partida de ida da semifinal da Copa do Brasil, a equipe alvinegra foi atormentada por Geferson, Fabinho e William, que atuaram pelos lados do campo e protagonizaram uma série de jogadas de cruzamentos na área que deram sustos no goleiro Victor.

"Realmente, (defender lances de cruzamento) é uma coisa que temos que melhorar, principalmente em relação ao último jogo. Contra o Internacional, nós tivemos um problema de marcação. O lateral-esquerdo (Geferson) passava toda hora, junto com Alex e Anderson também, e dificultou muito, principalmente no primeiro tempo. No segundo tempo demos uma corrigida. Tem que marcar melhor, posicionar. Não só marcar a bola, mas o adversário também", analisa o técnico Marcelo Oliveira.

Contra o Botafogo, pela 31ª rodada do Brasileirão, o Atlético também sofreu com bolas alçadas na área. Dois dos gols da equipe carioca na derrota mineira por 3 a 2 foram resultados de cruzamentos na área.

Para complicar a situação, o Atlético segue sem a principal referência da equipe em bolas aéreas. Leonardo Silva se recupera de uma ruptura do tendão do músculo anterior da coxa direita e não deve voltar a jogar em 2016. Com 1,92m, ele é o zagueiro mais alto do elenco alvinegro. O substituto Gabriel, por outro lado, é o mais baixo, com 1,81m.

Principais armas
Gilvan de Souza/Flamengo

Nas 32 rodadas do Brasileirão disputadas até aqui, entre bolas aéreas e rasteiras, o Flamengo já cruzou 747 vezes na área adversária. A equipe é a quinta que mais acerta este fundamento (170).

Além da eficiência, outro fator deixa esse tipo de jogada ainda mais imprevisível no Flamengo: a variedade de jogadores que finalizam os cruzamentos. Foram 24 gols iniciados em bolas alçadas na área concluídos por 13 atletas diferentes (dois deles contra, marcados por não-flamenguistas).

O mais efetivo dos jogadores nem deve começar jogando neste sábado. O jovem centroavante Felipe Vizeu aproveitou quatro cruzamentos para balançar as redes rivais. Titular da posição, Guerrero vem logo em seguida, com três gols. Willian Arão e Fernandinho, que devem iniciar a partida contra o Galo, também marcaram três vezes cada.

Everton e o ex-atleticano Réver fizeram dois gols. Ederson, Cirino, Diego e Gabriel completam a lista com um tento cada.

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