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Ida x volta: Atlético reduz chutões na Arena, mas finaliza só duas vezes no gol do Grêmio

Apesar de maior posse de bola e dos poucos lançamentos, equipe alvinegra pouco acertou finalizações na partida de volta da decisão da Copa do Brasil, em Porto Alegre

postado em 08/12/2016 06:30 / atualizado em 08/12/2016 01:20

JEFFERSON BERNARDES

Os 15 dias entre a partida de ida e a de volta da final da Copa do Brasil fizeram com que o Atlético mudasse, ainda que discretamente, a forma de jogar. Apesar de ter perdido o título para o Grêmio na Arena, a equipe alvinegra ficou mais com a bola e diminuiu o número de lançamentos. Faltou, entretanto, mais infiltração e volume ofensivo - e, com isso, os gols necessários para reverter o placar.

As mudanças de um jogo para o outro mostraram algumas correções feitas por Diogo Giacomini. A estratégia, apesar de diferente do jogo de ida, também fracassou. Veja um comparativo* entre a ida (vitória gaúcha por 3 a 1 no Mineirão) e a volta (empate por 1 a 1 na Arena).

A bola é minha

No jogo de ida, o Atlético teve a bola pela maior parte do tempo. A equipe alvinegra trocou mais passes (430 contra 286 do Grêmio). Na volta, o cenário foi parecido. Com o time da casa recuado e jogando com o regulamento, os mineiros tiveram mais posse.

Na Arena, o Atlético trocou impressionantes 555 passes contra 278 do Grêmio. A posse, no entanto, foi inefetiva. Faltaram jogadas de infiltração e, é claro, finalizações certeiras.

Menos chutões

Um dos pontos mais criticados no trabalho de Marcelo Oliveira, os lançamentos foram reduzidos na segunda partida. Apesar de também encontrar dificuldade para penetrar na defesa rival, o Atlético adotou a estratégia de trocar passes curtos na Arena.

Numericamente, o Atlético deu 41 lançamentos no primeiro jogo (31 errados). Na volta, foram 18 - nove deles errados. Estratégias diferentes, mesmo resultado.

Pouco perigo

Apesar de ter a posse e manter a bola no chão, o Atlético levou pouco perigo à meta adversária na maior parte do tempo. No início do jogo, a equipe até experimentou finalizações de fora da área. Sem direção.

A maior dificuldade foi para transpor as linhas defensivas montadas por Renato Gaúcho. A única maneira que o Atlético encontrou para bater Marcelo Grohe foi o chutaço de antes do meio de campo de Juan Cazares. Não à toa, o Atlético até finalizou muito (13 vezes), mas acertou o gol em apenas duas oportunidades - mesmo número do jogo de ida.

Contra-ataque mortal

No Mineirão, o Atlético sofreu com os contragolpes do Grêmio. Exemplo claro disso é o terceiro gol, marcado por Éverton após arrancada impressionante de Pedro Geromel.

Na Arena, o mesmo cenário: Grêmio fechado, esperando por espaços. E eles apareceram. Aos 43 do segundo tempo, Bolaños finalizou uma jogada rápida de contra-ataque e praticamente acabou com as chances de título do Atlético.

*Os números foram coletados pelo Footstats




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