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Atlético alcança marca importante no século, mas precisa quebrar tabu na Libertadores

Time marcou 17 gols na primeira fase da competição e só é superado por quatro equipes desde 2001; rótulo de melhor ataque, entretanto, é 'zicado'

postado em 26/05/2017 15:59 / atualizado em 26/05/2017 19:51

Bruno Cantini/Atlético
A quinta-feira de Copa Libertadores foi animadora para o Atlético. Apesar de não ter entrado em campo, o time alvinegro contou com o tropeço do River Plate para ficar com a melhor campanha da fase de grupos do torneio. E, além da liderança geral, garantiu também o melhor ataque entre os 32 times desta etapa: 17 gols, quinta melhor marca do século XXI.
 
As únicas equipes que registraram números melhores que o Atlético neste quesito nos últimos 16 anos foram Cruzeiro, Santos, Boca Jrs. e Vélez Sarsfield.
 
Em 2011, o rival da equipe alvinegra marcou impressionantes 20 gols nas primeiras seis partidas da competição. O Cruzeiro, entretanto, parou no Once Caldas-COL já nas oitavas de final.
 
O segundo colocado do “ranking” é o Boca Jrs, de 2015, que balançou as redes rivais 19 vezes. O time argentino também caiu nas oitavas, contra o arquirrival River Plate, que viria a ser campeão.
 
Na sequência, com 18 gols marcados, aparecem o Santos, em 2005, e o Vélez, em 2006. O time paulista seria eliminado pelo futuro vice-campeão Atlético-PR nas quartas. A equipe argentina parou na mesma fase, contra o Chivas-MEX.

Assim como o Atlético, o River Plate e o Pumas-MEX, em 2016, e o Cerro Porteño-PAR, em 2001, também marcaram 17 gols na fase de grupos.

Zica?

 
Conforme mostra o histórico, o rótulo de melhor ataque é “zicado”. De 2001 para cá, apenas uma vez o time que mais balançou as redes rivais na fase de grupos encerrou a Libertadores com o título.
 
E esse time foi justamente o Atlético. Em 2013, a equipe alvinegra marcou impressionantes 16 gols nesta etapa do torneio. O desfecho é conhecido por todos: mata-mata emocionante e título conquistado nos pênaltis contra o Olimpia-PAR, que, curiosamente, anotara a mesma quantidade de gols do rival mineiro.
 

A trajetória

 
Bruno Cantini/Atlético
Em 2017, a campanha atleticana pode ser resumida em goleadas. Afinal, foram três placares elásticos nos seis primeiros jogos na competição: 5 a 2  e 5 a 1 sobre o Sport Boys-BOL, além dos 4 a 1 contra o Godoy Cruz-ARG.
 
E foi justamente o bom desempenho ofensivo que garantiu o Atlético na liderança geral do torneio. Com os mesmos 13 pontos de Lanús-ARG, Grêmio, River Plate e Palmeiras, a equipe alvinegra derrotou os rivais em função do saldo de 11 gols.

Defensivamente, entretanto, a equipe deixou a desejar. Foi vazada em seis oportunidades, média de uma vez por jogo. As melhores defesas da fase de grupos da Libertadores pertencem ao Nacional-URU e ao Lanús, que sofreram três gols cada.

O time argentino, na verdade, tomou cinco gols - dois deles foram “descontados” em função da mudança de resultado do jogo contra a Chapecoense. Os catarinenses venceram por 2 a 1. O resultado oficial, entretanto, foi 3 a 0 para o Lanús, em função da escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio.

No século XXI, o melhor desempenho defensivo é o do Atlético Nacional-COL, em 2016. A equipe, que viria a ser campeã do torneio, terminou a fase de grupos sem levar gols. Em seguida, aparecem o Grêmio (2009 e 2014), o Cruzeiro (2011), o Santos (2007), o Goiás (2006) e o Nacional (2001), que foram vazados uma vez.

Apesar do desempenho irregular do sistema defensivo, o Atlético terminou a fase com o melhor saldo de gols entre os 32 times que disputam a competição. Agora, os comandados de Roger Machado aguardam sorteio no dia 14 de junho para conhecer o rival das oitavas de final.

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