Santa Cruz

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Sérgio Guedes dá "choque" no grupo do Santa para tentar melhorar desempenho da defesa

Técnico baseia-se na "meritocracia" e elogia reservas que agora vão entrar

postado em 01/08/2014 08:00 / atualizado em 01/08/2014 08:15

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press
Sérgio Guedes até tenta corrigir os erros da defesa do Santa Cruz. Treina exaustivamente os jogadores da posição. Vai agora promover mudanças de peças. Está pressionado para corrigir as falhas que renderam as três derrotas seguidas na Série B. Nessa quinta, foi a vez de explicar as alterações. A do zagueiro Marllon e a do volante Everton. Substitutos de Renan Fonseca e Memo. O treinador isenta a culpa dos atletas que foram sacados. Nega que as alterações tenham sido feitas por questões técnicas. Garante que quer só dá um “choque” no grupo. Elogia quem saiu. Ameniza. Fala da eficiência dos reservas nos treinamentos. Profere um discurso baseado na “meritocracia” para explicar tais substituições.

O técnico não esconde que existem problemas em sua defesa. Graves. Prega evolução. Prefere, contudo, não imputar culpa a ninguém específico. Nem sequer ao setor. Aponta que os erros do sistema defensivo pertencem ao time inteiro. “Aqui ninguém erra sozinho”, dispara. Foi preciso mais de 25 minutos de coletiva para Sérgio Guedes justificar as mudanças para o jogo de amanhã, contra o América de Natal, na Arena das Dunas. Embora necessárias, deu a  entender que as entradas de Marllon e Everton no time titular são mais por méritos da dupla que das visíveis falhas de quem vinha atuando.

Enalteceu os seus reservas. Blinda quem deixou a titularidade. Quer seguir respaldado. Não só por Renan Fonseca e Memo. Mas por todo o plantel. Quer manter o time em mãos. Pelo menos. Já que, ao perder todos os três jogos no Brasileirão depois da pausa para a Copa do Mundo, começa a não ter mais a torcida ao seu lado. O desgaste do treinador com os torcedores Santa Cruz é notório. A queda, aliás, algo que começa a se concretizar caso o Tricolor não retome logo as vitórias na competição.

“Simples trocas não vão resolver nada. Espero só que a nossa intensidade seja reativada com isso. Estou provocando um choque no time. A qualidade de quem entra e quem sai é similar. Quem está saindo não está saindo por deficiência. Só não quero que fiquem acomodados”, garantiu Sérgio Guedes.

“Marllon entra para ganhar oportunidade e, volto a dizer, para dar um choque. Everton é rodado, experiente, canchado. Um profissional exemplar, que nunca parou de trabalhar. Eu, como ser-humano sensível, fico desejoso em oferecer oportunidades para pessoas assim", completou o técnico coral.