Santa Cruz

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Jogadores garantem que crise financeira não irá atrapalhar desempenho do Santa Cruz

Vitória sobre o Vasco foi usada como exemplo de que atrasos salariais não irão influenciar negativamente dentro de campo

postado em 20/10/2014 21:04 / atualizado em 20/10/2014 20:09

João de Andrade Neto /Superesportes

Roberto Ramos/DP/D. A Press
Na última quinta-feira, os jogadores do Santa Cruz se recusaram a treinar, reclamando dois meses de salários atrasados. Dois dias depois, a equipe voltaria a campo para vencer o Vasco, na Arena Pernambuco. Nesse intervalo, os atletas não tiveram nenhuma resposta da diretoria com relação à quitação dos débitos. Mesmo assim, o atacante Léo Gamalho e o goleiro Tiago Cardoso, dois líderes do elenco, garantiram que os problemas financeiros não irão atrapalhar a caminhada da equipe na Série B.

Para Léo Gamalho, artilheiro do Santa na competição com nove gols, a resposta do grupo foi mostrada em campo contra o Vasco. “Até agora não foi resolvido (o atraso salarial). Continuamos esperando uma posição da diretoria. Não queremos ficar ouvindo prazos. Queremos que as coisas aconteçam para termos tranquilidade no trabalho. Mas mostramos força e vencemos o Vasco mesmo ficando um dia sem treinar. O torcedor não pode criticar os jogadores, que continuam se entregando em campo. Mas esperamos que isso se resolva. Até porque todos os times que estão na parte de cima da classificação recebem em dia”, apostou o centroavante tricolor.

Capitão do time, o goleiro Tiago Cardoso também deu um voto de confiança à diretoria coral. “Não conversamos mais com a diretoria, mas a esperança é que se melhorem as coisas. Sabemos que ninguém está parado e esperamos que tudo fique bem. Vamos focar no Ceará e esperar que a diretoria honre o nosso trabalho”, pontuou o camisa 1.

Procurado pelo Superesportes, o presidente Antônio Luiz Neto, mais uma vez, evitou dar um prazo para resolver as pendências com o elenco. Além dos dois meses de atrasos, os jogadores têm direito a outras cinco premiações. “Não trabalhamos com prazos, mas temos a consciência que estamos atrás de recursos. Infelizmente estamos vivendo uma crise no futebol brasileiro. Mas não estamos parados”, assegurou o cartola.