Santa Cruz

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Jogadores do Santa Cruz garantem que atraso salarial não vai prejudicar time na Série B

Vice-presidente Constantino Júnior chegou a dizer que passivo atrapalhou equipe na Série B do ano passado; Jogadores dizem que agora história será diferente

postado em 09/10/2015 17:26 / atualizado em 09/10/2015 17:24

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Brenda Alcantara/Esp DP/D.A Pres
Os jogadores do Santa Cruz garantem foco total na caminhada rumo ao acesso à Serie A. Garantem também que os salários atrasados não vão prejudicar o desempenho do time nos oito jogos restantes na competição. Segundo o próprio vice-presidente do clube, Constantino Júnior, que segue na busca por recursos para diminuir o passivo com os atletas, as dívidas com o grupo chegaram a atrapalhar o rendimento da equipe na Segundona de 2014.

Para Lelê, porém, o dirigente não precisará ter esta preocupação neste ano. "Acredito que a gente tem que esquecer esse lado aí de salários atrasados. Estão atrasados, mas isso não tem influenciado em nada. A diretoria tem conversado com a gente para resolver o mais rápido possível. Nós, jogadores, estamos fechados e focados no nosso objetivo. Acredito que a gente tem que deixar tudo isso do lado de fora", falou o meia-atacante.

Alemão, que estava no plantel da temporada passada o e entendeu que o grupo arrefeceu naturalmente com os bolsos vazios, endossa o discurso do colega. "Se a gente chegou até agora aqui nessa condição (de atraso salarial), não é agora, faltando poucos jogos para o fim do campeonato, que a gente vai amolecer. A gente tem que cobrar internamente. Ano passado foi a mesma situação e, às vezes, atrapalhou. Como cidadão comum, você também tem o direito de receber. Com contas a pagar, pode influenciar você a trabalhar menos. A cabeça não fica tão boa, mas acho que neste ano as coisas vão andar", pontuou o zagueiro.

Em entrevista exclusiva ao Superesportes, publicada no último dia 5, o técnico Marcelo Martelotte falou também que não acredita que os seus comandados amoleçam na briga para subir de divisão, apesar de entender que a falta de pagamento é uma situação delicada para se conduzir internamente. "Pelo que vivenciei até agora, os jogadores mostram estar focados no nosso objetivo. Pela proximidade do fim do campeonato, eu imagino também que seja difícil que algo interfira negativamente na campanha", afirmou.

"Por outro lado, sei que isso se torna um problema que não é fácil de administrar. A gente espera que exista uma boa vontade de todos os lados, que a diretoria também faça a parte dela e busque recursos para que essas questões sejam solucionadas e que a gente não tenha que se deparar com um problema tão difícil de ser administrado em um momento tão decisivo", emendou o treinador coral.