Sport

Lembranças

Passado do hexa alvirrubro contra o presente adversário rubro-negro

Campeões do hexa relembram conquista e torcem para que o Sport não conquiste o título neste ano

postado em 24/04/2011 13:19

Bastou pisar na grama dos Aflitos para as recordações da conquista do hexacampeonato pernambucano virem à tona. Era uma quarta-feira, com céu nublado e véspera de prolongado feriado. Arquibancadas vazias. Apenas os goleiros dos juniores treinavam em um canto do verde gramado, quando Lala, Gilson Costa, Roberto, Ivan Brondi, Salomão e Nado entraram em campo. Não para jogar, pois já deram sua contribuição ao aristocrático clube de Rosa e Silva. Hoje esses senhores - sessentões e setentões - recordam a façanha alcançada, até agora, com exclusividade pelos alvirrubros. E quando essa turma se encontra…

Deu trabalho juntar o grupo, afinal cada um seguiu seu rumo. Para estar nesta produção, Salomão e Ivan Brondi precisaram mexer na agenda de seus respectivos consultórios (Salomão é neurocirurgião e Ivan é dentista). Lala, que comanda escolinhas de futebol no CT do Náutico, colocou um substituto em seu lugar. Já Gilson Costa precisou adiar por algumas horas a viagem para praia de Serrambi, onde foi curtir o feriadão. Nado e Roberto se programaram para o encontro. Muita brincadeira e lembranças de um tempo áureo para o futebol alvirrubro.

Quando o zagueiro Gilson Costa, 75 anos, perguntou pelo roupeiro Araponga, logo escutou do companheiro Lala, 65, - o mais extrovertido do grupo - se queria chuteira e material de jogo. “Quando jogávamos, o Araponga era auxiliar. Depois foi que assumiu o posto”, explica Lala.

E as lembranças são inúmeras. Os dois ex-jogadores da campanha do hexa contam que não foi fácil chegar ao sexto título. “Teve até prorrogação. Mas aí o Ramos foi lá decidiu para nós”, acrescenta Roberto, autor do primeiro gol alvirrubro no Estadual de 1968, ano da conquista do hexacampeonato.

No lado do Sport, muita concentração. Para a produção da foto que ilustra a capa do Superesportes, num dia de chuva, os jogadores do Sport demonstraram foco total na semifinal. Caras fechadas, de preocupação. Nem um sorriso esboçado. Normal, visto que o momento exige tal afinco e pela pressão que existe em torno dessa semifinal. Os rubro-negros não falaram muito. O combinado era só fazer a foto. A pose, não foi preciso nem pedir: braço, cruzado, cara de poucos amigos. É foco total no clássico.