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Reforço familiar para Magrão no Sport

Pai do goleiro diz que é "pé-quente" e por isso aposta que vai ver o filho e o Sport serem hexacampeões

postado em 27/04/2011 09:23

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Seu Félix Rosa se pergunta a toda hora, ainda tentando alcançar a noção da importância do filho dele para o Sport. “Ele é tudo isso mesmo?”, continua se questionando. Quem seria “ele”? Nada menos do que o goleiro Magrão, maior ídolo rubro-negro nos últimos anos. No último domingo, na primeira partida da semifinal do Estadual, contra o Náutico, talvez, ele tenha tido a prova que precisava: uma Ilha do Retiro lotada, com cerca de 20 mil rubro-negros gritando o nome do filho.

Foi a primeira vez que Félix viu um jogo de Magrão diante da torcida do Sport. Mesmo com o filho estando há seis anos de Sport, ele nunca havia vindo ao Recife. Assistir a jogo do Leão, só em São Paulo, onde mora. A emoção no último domingo foi diferente. Ver o estádio inteiro gritando o nome do filho impressionou. Ouvir a rádio Ilha tocar uma música feita especialmente para o goleiro fez o coração disparar.

Mas a vinda ao Recife teve um motivo especial. Antenado com os acontecimentos do PE2011, Félix só veio por conta de um acerto com o filho. “O Sport começou mal o Pernambucano, então eu disso a ele: ‘só vou aí se o time passar para as semifinais’”, contou. A primeira parte do acerto foi cumprido. Leão firme nas semi e aqui estão, Félix e a esposa, Vera Lúcia. Agora, cabe a Magrão atender a um pedido do pai. Torcedor do Rubro-negro declarado, ele quer o título estadual. “Quero voltar para São Paulo com a faixa do hexa no peito, assinada por todo mundo”, pediu.

Pé-quente

Após presenciar o filho em ação na Ilha do Retiro, Félix ainda não sabe se vai aos Aflitos. Mas a confiança de que o Sport vai chegar à final é grande. Tanto que ele garante que só volta para casa após a final. “Estamos na final. Um time que constroi um resultado como esse, não pode deixar escapar. Falo isso como torcedor rubro-negro”, disse o pai do “paredão”, acrescentando que é pé-quente. “Quando vim de São Paulo para cá, eu falei: ‘sou pé-quente, vou para lá buscar o hexa.”

Feliz da vida com a visita do pai ao treino de ontem, por coincidência no dia do goleiro, Magrão agradeceu o apoio. Bem mais tímido que Félix, falante e extrovertido, o camisa 1 rubro-negro foi mais comedido nas palavras. Emplacou o discurso de que nada está ganho, mas que vai se esforçar para dar essa alegria ao pai. Diferentes na personalidade, mas muito parecidos fisicamente. “Esse aqui não precisa nem apresentar. É só olhar o nariz”, brincou Magrão, apontando para Félix.