Sport

Pela honra

Náutico e Sport se enfrentam em uma partida que vale a história

Polêmicas à parte, Náutico e Sport entram em campo para um duelo que não vale o título, mas vale uma rivalidade centenária

postado em 01/05/2011 13:17 / atualizado em 01/05/2011 13:27

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

O passado foi remexido. A glória de seis estrelas conquistada há 43 anos voltou a ser colocada em xeque, cruzando o caminho dos rivais centenários. Antes do embate no futebol, em um dos clássicos mais aguardados da história do futebol pernambucano, as duas torcidas conviveram com uma semana turbulenta fora das quatro linhas, com dirigentes perdendo a compostura em declarações que poderiam incitar um comportamento violento das próprias massas. Para tentar apaziguar o clima tenso, a presença de um efetivo recorde, com 1.154 policiais, além da proibição das torcidas organizadas. Quando o futebol voltava a ficar no foco das discussões nos últimos dias acerca do finalista do Estadual, veio uma denúncia gravíssima, de uma suposta tentativa de suborno. Alvirrubros acusando os rubro-negros de terem tentado aliciar o meia Eduardo Ramos, por R$ 300 mil, antes da semifinal. O caso segue sem provas. Mas foi suficiente para evidenciar o clima de guerra entre Náutico e Sport. Tudo por causa do hexa, luxo de um, obsessão do outro. Neste domingo, a partir das 16h, começa o jogo que motivou desde o início o acirrado Campeonato Pernambucano de 2011. Não, ainda não é a decisão. Não há troféu na beira do gramado. Mas a honra está em jogo. O Timbu precisa vencer por 2 a 0, ou por diferença de três gols, para eliminar o arquirrival e garantir por mais uma geração o seu maior bordão, "Hexa é Luxo". Com a boa vantagem construída na Ilha do Retiro, com o convincente 3 x 1 há uma semana, o Leão entra em campo disposto a administrar o placar e seguir avançando na competição, em busca da maior sequência de títulos do estado, que seria o seu 40º, ampliando uma hegemonia que acelerou nas últimas duas décadas. O futuro da dupla centenária passa pelo desfecho desse Clássico dos Clássicos. Obviamente, a rivalidade não vai acabar assim que Sálvio Spínola, árbitro da Fifa, apitar o fim da partida. Porém, a história será reescrita. De um jeito ou de outro. Em campo, onde, afinal, o jogo é decidido, os dois clubes tiveram uma preparação intensa. Como sempre, alguns treinamentos foram fechados. Outros, inteiramente dedicados às formações táticas, jogadas ensaiadas e preparação física. No Alvirrubro, Ricardo Xavier, artilheiro do time na competição, com nove gols, abre a vaga para Rogério ou Kieza. O técnico do Náutico, Roberto Fernandes mantém o mistério. Faz parte do jogo. Do verdadeiro jogo, o futebol. Durante 90 minutos, todos esperam que o confronto no gramado valha cada segundo de ansiedade durante toda a semana. Durante todos esses 43 anos. Polêmicas à parte, hoje é dia de futebol. Dia do Clássico dos Clássicos.