Sport

Campeonato Pernambucano

Sport com a quase certeza da virada

Rubro-negros, entre eles o presidente Gustavo Dubeux, esbanjam confiança no triunfo sobre o Santa Cruz, domingo

postado em 10/05/2011 10:27 / atualizado em 10/05/2011 10:29

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

O torcedor do Sport é conhecido pelo seu perfil confiante. Mesmo nas mais adversas situações, consegue encontrar o otimismo. Pois nem a derrota por 2 a 0 para o Santa Cruz, em plena Ilha do Retiro, foi capaz de abalar os rubro-negros. Para ser campeão, o Leão precisa marcar pelo menos três gols na casa do adversário. Necessita de placares com odois gols ou mais de diferença, como 3 a 0, 3 a 1, 4 a 2… Repetição do marcador da primeira partida leva a decisão para os pênaltis. Missão complicada, impossível? Nada disso.

E toda vez que o Sport precisa de uma virada, o ano de 2008 é lembrado. A Copa do Brasil virou referência quando o assunto é buscar um resultado. Na ocasião, o Leão precisou reverter placares duas vezes. Uma contra o Internacional. No Beira-Rio, perdeu por 1 a 0. Precisava marcar dois gols para se classificar. Não deu outra na Ilha do Retiro. O placar de 3 a 1 deu a vaga ao Leão.

Mas nenhum jogo é tão lembrado como a final da competição. No primeiro confronto, contra o Corinthians, um revés de 3 a 1 poderia ter selado a perda do título. Mais uma vez, a equipe precisava de pelo menos dois gols. Difícil? Talvez. Mas o Rubro-negro acreditou. Lotou a Ilha do Retiro e viu o que muitos diziam ser um milagre acontecer: 2 a 0 e uma das maiores glórias do time era conquistada.

E há quem cite até a final do Pernambucano do ano passado, diante do Náutico. A vantagem a ser buscada era outra. Mas o feito do Sport ainda na primeira partida é digno de ser lembrado. O time perdia por 3 a 0, em pleno estádio dos Aflitos, mas foi buscar o resultado. Marcou dois gols e diminuiu a vantagem do adversário. No segundo jogo, na Ilha do Retiro, o placar mínimo deu o pentacampeonato ao Leão.

Há uma grande diferença, no entanto, entre as situações lembradas e a atual. Em todas elas, o Sport teve a seu favor um trunfo: o seu estádio e a sua torcida. Na Ilha do Retiro lotada, tudo se resolveu. Agora, a decisão será longe de casa. No Arruda, o Leão terá que ir buscar o resultado. Outro fator dificultador: a vantagem a ser buscada é maior: desta vez o time precisa marcar pelo menos três vezes para ser campeão direto. Se fizer dois gols, não pode levar e ainda assim terá que decidir nos pênaltis.

Algum problema? Para os rubro-negros, não. O presidente Gustavo Dubeux age como porta-voz e tranquiliza a torcida. Assim como ela, ele também acredita no que hoje se diz ser quase impossível. “As coisas para o Sport sempre são difíceis. Tenho total confiança de que vamos conseguir reverter essa situação. Temos a Copa do Brasil como grande exemplo. Revertemos uma vantagem do Corinthians e fomos campeões”, disse, confiante, o dirigente, que não vê problema também em ter que decidir fora de casa. E foi incisivo. “O Arruda é um campo praticamente neutro. Se o Sport reencontrar o seu melhor futebol, vamos conquistar esse título”, completou.