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Segundona

A verdade inconveniente da Série B

A história do futebol de Pernambuco passa diretamentepela Série B, com vários dias difíceis de esquecer

postado em 20/05/2011 09:42 / atualizado em 20/05/2011 09:47

Fred Figueiroa /Diario de Pernambuco

Uma verdade precisa ser dita. A história da Série B passa diretamente pelo futebol de Pernambuco. Das 32 edições da competição – nas suas mais diversas fases e fórmulas de disputa (ver página D6) desde 1971 – em apenas dois anos não houve ao menos um representante do estado: 2008 e 2009.

Ter uma intensa participação na Segundona não seria um problema se também houvesse uma intensa participação na Série A – como acontece com São Paulo (estado que tem mais participantes nas duas divisões). Mas em seis edições – já incluindo 2011 - a Série B foi a competição mais importante disputada pelos clubes pernambucanos.

E, na traiçoeira segunda divisão, a história guarda sempre mais capítulos de sofrimento do que de redenção. Os piores indiscutivelmente foram escritos pelo Náutico em 1998 e pelo Santa Cruz em 2007 – quando terminaram rebaixados para a Série C. Não se pode esquecer também as grandes decepções. Campanhas que tinham tudo para serem vitoriosas, mas ficaram no “quase” como a fatídica Batalha dos Aflitos para o Náutico em 2005 ou a inaceitável eliminação do Sport em 2002.

Dias felizes? Foram poucos. Na extinta Taça de Prata (entre 1980 e 1986) cujo acesso para a elite acontecia no mesmo ano, Sport subiu em 1980, Náutico em 1981 e Central em 1986 . Depois de criado o sistema de rebaixamento, o estado conseguiu seis acessos. Dois para cada clube. O mais importante em 1990, quando o Sport ficou com o título. O mais impressionante em 1999, quando o Santa tinha um time inteiramente desacreditado. E o mais merecido em 2006, numa histórica volta por cima do Náutico.