Bruno Mineiro e a busca pela camisa 9

Durante a disputa do Campeonato Pernambucano, ele chegou para não deixar dúvidas. Seria o artilheiro, indiscutivelmente. Os sinais eram óbvios. Valor alto para o empréstimo, além de uma salário que estaria na casa dos R$ 60 mil e boas passagens em sequência por Amérinca/MG, Náutico e Atlético/PR. Contudo, dentro de campo, as evidências foram mandadas para escanteio. Bruno Mineiro não conseguiu se firmar.

Nesta temporada, foram apenas quatro gols em 19 jogos. Desempenho abaixo da própria média. Na Série A de 2009 pelo Timbu, por exemplo, foram oito em dez partidas. No ano seguinte, terminou o Campeonato Paranaense como artilheiro da competição com 11 tentos.

Ao que parece, o atacante se insere na "maldição" do camisa 9 no Sport. Há tempos, o Leão da Ilha sofre sem um artilheiro. Só nesta temporada, três candidatos abandonaram o barco. Tadeu, Alessandro e Ciro.

Único remanescente, Bruno Mineiro mostrou em pequenas doses que pode ser decisivo. Afinal, dois gols deles foram essenciais ao Sport. O primeiro veio na semifinal do Estadual contra o Náutico. Oportunismo estampado na bola alçada por cima de Gledson.

O segundo saiu na última rodada diante do São Caetano. O atacante entrou bem. Além de ter assinalado um gol, quase marca outro que acabou indo para a conta de Gabriel. É nesse segundo suspiro que Bruno Mineiro deseja pegar carona para apagar as desconfianças.

"Futebol é simples. Tem que se encaixar no esquema. Eu ainda não encaixei. Estou buscando meu espaço. Fui bem no Náutico, mas o time acabou rebaixado. Então, não adiantou de nada. Mas o público pernambucano conhece minhas qualidades e vou continuar sendo aquele jogador brigador", disse.

Bruno Mineiro é um forte candidato a entrar no desenho dos 11 titulares diante da Ponte Preta, no próximo sábado. Afinal, concorre diretamente com Paulista, que também não encaixou. "Atacante vive de gols. Sei que tenho que me superar a cada rodada", afirmou. "Estou preparado para começar jogando. Mas, é preciso pensar que existe um grupo. Não se pode pensar apenas nos 11", acrescentou.