Técnicos interinos, o efeito Andrade

Andrade, ex-Flamengo, é o maior exemplo de sucesso recente de um ex-interino. Em 2009, o ex-jogador assumiu o Rubro-negro carioca no meio da crise e, após duas vitórias, acabou efetivado no cargo, conduzindo a equipe ao título do Brasileirão. No mesmo ano, Jorginho alcançou uma bela sequência de vitórias à frente do Palmeiras. Interino, acabou não sendo efetivado. Muricy Ramalho foi contratado.

Ano passado, cinco profissionais passaram como interino na Série A: Fábio Giuntini (Grêmio), Dimas Figueiras (Ceará), Édson Santos (Avaí), Marcelo Martelotte (Santos) e Sérgio Baresi (São Paulo) pegaram carona no efeito Andrade. Nenhum conseguiu se firmar. O próprio Andrade não resistiu muito tempo no Flamengo.

O desafio do novo técnico do Sport, Mazola, ex-interino efetivado nesta segunda-feira, é se agarrar na nova chance, a melhor da carreira. Segundo garantiu o vice-presidente de futebol rubro-negro, Severino Otávio, o resultado contra a Ponte Preta, próximo sábado, na Ilha, não influenciará na permanência. “Mazola está garantido. Uma derrota no sábado não muda em nada a decisão da diretoria”, afirmou.

Contratado para comandar os juniores do Sport no início do ano, Mazola, de 46 anos, já havia trabalhado com elencos profissionais em outros clubes. Além do Ituano/SP, ele teve uma passagem pela segunda divisão do futebol português. O percentual de aproveitamento no Sport é razoável. Em três jogos como interino, ele somou 5 dos 9 pontos possíveis. Segue invicto com dois empates e uma derrota.