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No sufoco

Sport sofre, mas vence Ponte Preta por 3 a 1 e se aproxima do G4

postado em 09/07/2011 22:56 / atualizado em 09/07/2011 23:35

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Ainda não foi desta vez que o Sport conseguiu uma vitória convincente nesta Série B. Apesar de o placar apontar o 3 a 1, o Sport sofreu para vencer uma Ponte Preta desfalcada de seis jogadores. Mesmo abrindo o placar no primeiro lance do jogo, numa trapalhada da zaga visitante, o Leão não conseguiu dominar a equipe paulista. Mas, apesar dos erros de passe e das falhas defensivas, os rubro-negros mostraram muita disposição e voltaram a se aproximar do topo da tabela. Agora, o Sport ocupa a 6ª colocação, com os mesmos 17 pontos do Paraná, que fecha o G4.

O começo do jogo não poderia ter sido melhor para os rubro-negros. No primeiro lance de perigo, logo aos 40 segundos de jogo, o volante Hamilton lançou Bruno Mineiro quase na linha de fundo. Sem ângulo para arriscar um chute, o atacante tocou de cabeça para o centro da área. De frente para o gol, o zagueiro Wellington tentou afastar a bola para a lateral, mas acabou chutando em cima do companheiro de zaga. A bola explodiu no corpo de Leandro Silva e entrou na barra de Júlio César, que nada pode fazer.

Mesmo em vantagem, o Leão continuou tomando as iniciativas ofensivas, pressionando a Macaca em sua intermediária. Retornando ao time, o meia Marcelinho Paraíba se movimentava bastante, buscando o jogo. Apesar do maior volume, os rubro-negros não conseguiam traduzir a posse de bola em chances de gol, pois a equipe continua errando passes em demasia quando chega perto da área adversária. A partir dos 20 minutos, os visitantes conseguiram equilibrar o confronto, e passaram a pressionar a saída rubro-negra.

Com o jogo mais aberto, o primeiro tempo só não terminou com um número maior de gols porque faltou tranquilidade aos atacantes dos dois times. Aos 30, Júlio César não conseguiu segurar a bola após cruzamento de Saci e a bola sobrou para Naldinho, que tentou chutar duas vezes, mas acabou acertando o zagueiro adversário. No mesmo lance, a bola ainda sobrou para Danielzinho e Daniel Paulista, que também erraram as finalizações. Em seguida, foi a vez de a Ponte assustar. Em jogada de linha de fundo, a bola sobrou para Ricardinho na entrada da grande área. O atacante alvinegro bateu errado, mas a bola sobrou livre para Ricardo Jesus cabecear em cima de Callaça.

No intervalo, o técnico Gilson Kleina resolveu apostar em uma estratégia diferente, colocando o atacante Thiago Luiz na vaga do lateral-direito Gérson. A mudança, porém, não surtiu o efeito desejado. A decisão do treinador de poupar quatro titulares deixou a equipe paulista um pouco perdida em campo por conta da falta de entrosamento de suas peças. Ainda assim, o Sport tinha dificuldades para impor sua proposta. Além de não conseguir trocar passes, os rubro-negros ainda davam muito espaço e por pouco não pagaram caro por isso.

Aos 14 minutos, Ueldon foi lançado na linha de fundo e encontrou Ricardo Jesus livre na marca do pênalti. O artilheiro da Macaca bateu firme, obrigando Callaça a realizar uma defesa difícil. Após o lance, Mazolla tirou o atacante Danielzinho da partida, promovendo a estreia do meia Diego Torres. Em seguida, foi a vez de Marcelinho ser substituído por Branquinho, que em sua primeira jogada, cruzou a bola na cabeça de Diego Torres, que subiu livre e cabeceou sem chances para Júlio César.

O 2 a 0, no entanto, não garantiu a tranquilidade que a torcida rubro-negra queria. Aos 32, Fernandinho, que acabara de entrar na vaga de Saci, fez um pênalti infantil em Lúcio Flávio. Na cobrança, Ricardinho diminuiu. O alívio veio somente nos acréscimos, quando Naldinho aproveitou um contra-ataque para marcar o terceiro gol e a vitória do Leão, com um toque por cima de Júlio César.


Sport
Callaça; Thiaguinho, Tobi, Alex Bruno e Saci (Fernandinho); Hamilton, Daniel Paulista, Naldinho e Marcelinho Paraíba (Branquinho); Danielzinho (Diego Torres) e Bruno Mineiro. Técnico: Mazola.

Ponte Preta
Júlio César; Gerson (Thiago Luiz), Leandro Silva, Wellington e Uendel; Dionísio, Lucas, Mancuso e Válber (Márcio Diogo); Ricardinho e Ricardo Jesus (Lúcio Flávio). Técnico: Gilson Kleina.

Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (AL). Assistentes: Carlos Titara da Rocha (AL) e Julian Ferino dos Santos (AL). Gols: Leandro Silva (contra), Diego Torres, Naldinho (S) e Ricardinho. Cartões amarelos: Danielzinho, Marcelinho Paraíba, Branquinho, Fernandinho (S), Gérson, Ricardinho, Leandro Silva e Mancuso (P). Público: 19.697. Renda: R$ 141.065,00.