Sport

Série B

Livre de pressão na Ilha

Desempenho do técnico Mazola é semelhante à do antecessor, Hélio dos Anjos, mas não corre risco de sair

postado em 19/07/2011 09:28 / atualizado em 19/07/2011 11:08

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Na tabela está marcado: sexta-feira, 12ª rodada da Série B do Brasileiro, Sport x Salgueiro, na Ilha do Retiro. Isolado, pode parecer mais uma partida na Segundona. Mas analisado num conjunto, cresce, e muito, em importância. Pelo passado e pelo futuro. Será a sexta partida do técnico Mazola à frente da equipe (as três primeiras foram como interino). Igualará o número de jogos do seu antecessor, Hélio dos Anjos. E pode atingir o mesmo desempenho. Para isso, basta um empate. Mas corre o risco de ter o mesmo destino?

Dificilmente. Uma derrota frente ao Salgueiro, em plena Ilha do Retiro, seria motivo de profunda insatisfação entre os rubro-negros. Assim como um empate. Mas a situação de Mazola perante à diretoria não é crítica. Ainda. O trabalho está iniciando e os resultados até agora foram considerados normais. Contudo, se espera mais do treinador. E do time, que desde a saída de Hélio dos Anjos não voltou ao G4. Atualmente, ocupa a oitava posição, com 17 pontos.

A situação entre os treinadores, claro, é distinta. Hélio dos Anjos chegou à Série B com o peso da perda do título do Pernambucano nas costas. Por mais que tenha tido méritos em recuperar um time que assumiu em dificuldades, foi criticado por suas opções na final contra o Santa Cruz. E a cobrança seguiu na Segundona. Sua campanha seguia como a de Mazola: resultados normais. Inclusive a derrota que culminou na demissão, diante do Vitória, no Barradão, a primeira dele na competição.

Por mais que tenha dado "a cara a bater", assumindo a responsabilidade por uma reformulação no elenco, Hélio não segurou a pressão que já vinha carregada desde o Estadual. Pesou contra ele também a insistência em não abrir mão do esquema defensivo, batendo de frente inclusive com a torcida. Mazola veio como um contraponto. Bemquisto pelo grupo. Abriu a equipe e utilizou a formação que todos queriam: o 4-4-2. Acabou efetivado.

Por enquanto, Mazola tem crédito. Junto à diretoria e à torcida. Mas uma hora a cobrança vai chegar mais forte. E a sequência do treinador não é das mais fáceis. Daqui a três rodadas terá um clássico contra o Náutico pela frente. Antes, enfrenta Goiás e Boa, fora de casa. O ponto inicial é justamente o jogo com o Salgueiro. Isolado, uma partida normal. Dentro do conjunto, um confronto decisivo, principalmente para Mazola. A vitória é um sinal de bonança. Qualquer outro resultado, pode ser o início de uma tempestade.