Goleiro Gustavo quer pedir desculpas pessoalmente ao jogador do Vasco

No outro lado da linha, a voz pausada denunciava arrependimento. Resultado de uma atitude impensada que tomou repercussão nacional. O goleiro Gustavo, que deu uma voadora no atleta vascaíno Elivélton, em jogo válido pela Taça BH de Futebol Júnior, está decepcionado com a própria ação. Pediu desculpa inúmeras vezes. Sabe que errou e quer se retratar pessoalmente com o companheiro de profissão.

Esta terça-feira serviu para ele tirar lições. Da concentração, acompanha todo o noticiário e, ao mesmo tempo, vê um filme passar por sua cabeça. Dos seus 19 anos, está há quase cinco se dedicando a ser um goleiro.

Nascido em Marechal Deodoro, em Alagoas, começou carreira em um time sediado perto de sua casa. Hoje, ele é chamado de Real Deodoro. Depois, foi para uma equipe da prefeitura, passou pelo CSA e Corinthians/AL até chegar ao Sport, onde divide quarto com colegas há quase um ano e meio dentro do próprio clube.

O que passou pela sua cabeça naquela hora?
Foi um ato sem pensar. Estou muito arrependido. Não sei o que passou pela minha cabeça. Nem sei o que me fez tomar aquela atitude.

Como você está lidando com a repercussão do caso?
Estou acompanhando tudo pela internet e pela TV. Todo ser humano tem um minuto de bobeira na vida. Eu nem tive isso. Foi meio minuto e acabei fazendo aquilo. Estou muito arrependido.

Você pretende encontrar o jogador do Vasco para pedir desculpas?
Estou em contato com a nossa diretoria para tentar falar com o pessoal do Vasco. Quero visitar ele e pedir desculpas pessoalmente a ele e a família. Também quero pedir desculpas a todo o Brasil e a minha família também. Falei agora há pouco com o meu pai, e ele disse estar envorganhado com a situação. Sei que errei porque não foi essa a educação que recebi.

Como está vendo esse fato de ter que prestar esclarecimento amanhã?
Eu vou falar toda a verdade. Dizer que estou arrependido. Foi um ato impensado. Quero pedir desculpa a todos. Estou envergonhado do que fiz.

O que você achou da decisão do Sport de lhe afastar?
Isso é uma coisa que eu não posso falar. Só posso dizer algo quando chegar em Recife e conversar com a diretoria.

Você teve algum tipo de apoio psicológico no Sport?
O pessoal da base tem acesso. Como eu sou quieto e me dou bem com todo mundo, nunca precisei fazer qualquer consulta.