Sport

Série B

Procura-se um artilheiro

Júnior Viçosa foi apresentado nesta quarta como esperança para incorporar o espírito matador da camisa 9 do Sport

postado em 28/07/2011 09:44 / atualizado em 28/07/2011 09:53

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

A cada novo atacante que se apresenta na Ilha do Retiro, a esperança da torcida se renova. Há muito tempo o Sport está à procura de um goleador. Uma imensa quantidade de candidatos tentou ocupar o posto. Jogadores experientes, jovens promessas, uns bastante badalados, outros meros desconhecidos. Alguns decepcionaram solenemente. Outros foram até bem. Mas nenhum vestiu com verdadeira propriedade a camisa 9.

E assim a carência por um artilheiro permanece. Quase que parecendo uma “maldição”. Os torcedores mais saudosos relembram ídolos como Hélio, centroavante da década de 1990. Outros não vão nem tão longe e falam de Rodrigo Grahl, no início dos anos 2000. Ou ainda mais recentemente Ciro, que despontou como grande “fazedor de gols”, mas que não conseguiu se consolidar.

A busca por um artilheiro foi novamente a tônica em 2011. A primeira tentativa terminou em frustração. Alessandro tinha no currículo a marca de goleador da Série B de 2010. Após diversas chances e apenas um gol marcado, terminou pedindo para deixar o clube. A segunda tentativa foi com Bruno Mineiro. Marcou muitos gols na passagem pelo Náutico e depois no Atlético-PR. Na temporada, o atual camisa 9 do time é o principal marcador, mas com apenas sete gols.

Ontem, mais um candidato à vaga de goleador aportou na Ilha do Retiro. O jovem Júnior Viçosa, 22 anos, é a terceira tentativa da diretoria do Sport na busca por um artilheiro. Ele despontou no ASA-AL em 2010 e teve ascensão meteórica. Dez gols marcados na Série B daquele ano lhe valeram a transferência para o Grêmio. Disputou Libertadores e Série A. “Nunca imaginei que as coisas na minha vida fossem acontecer tão rápido. Sempre falo com a minha família que tudo mudou em apenas dois anos”, disse o atacante.

Júnior Viçosa chega para melhorar os números do ataque, que tem deixado a desejar. Na Série B, os jogadores do setor foram responsáveis por apenas oito dos 19 gols da equipe (levando em conta que Marcelinho Paraíba agora é atacante). Ele está ciente da responsabilidade e da carência da torcida por um goleador. “A meta de todo atacante é marcar gols. Este é o nosso trabalho e é o que espero fazer aqui. Sei da cobrança da torcida e isso é normal”, afirmou o jogador.