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O exemplo que vem de perto

postado em 04/09/2011 14:10

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Alguns times brasileiros já apostam alto fora das quatro linhas para arrecadar fundos. Enxergam os torcedores não como simples adeptos. Mas como consumidores, ávidos e fieis à “marca” do clube. A venda de produtos licenciados vem como uma alternativa para alavancar as finanças destas equipes, geralmente mergulhadas em um mar de dívidas.

O Corinthians, por exemplo, é considerado a marca mais cara do futebol nacional. Vale R$ 867 milhões, segundo um estudo divulgado na última quinta-feira pela empresa de auditoria financeira BDO RCS. O faturamento do Alvinegro com o marketing, inclusive, cresceu 31,25% em dois anos, deixando-o em uma situação rara de superávit. Um dos motivos para tal crescimento foi, justamente, ações voltadas para a comercialização de camisas e objetos relacionados ao próprio Timão. O time alvinegro lucra por volta de R$ 10 milhões por ano com franquias e licenciamento, abrangendo quase 25 milhões de compradores.

Entretanto, não é necessário ter uma torcida do tamanho da Fiel para engolir uma boa fatia do mercado. O Internacional de Porto Alegre serve como espelho. Consegue faturar R$ 6 milhões por ano com a venda de artigos do clube. “Como já temos hoje a nossa marca fortalecida, vários empresários é que vêm até nós para buscar parcerias. Apresentam o seu produto e, se ele estiver de acordo com os nossos interesses, concedemos a licença”, explica o diretor executivo de marketing do Inter, Jorge André Avancine.

O Colorado ganha 5% sobre o valor total do lucro bruto de cada mercadoria, e ainda deixa de arrecadar cerca de R$ 9 milhões por conta da pirataria. Outras agremiações do País devem também servir como exemplo. Em 2007, o São Paulo firmou uma parceria com a produtora de filmes norte-americana Warner Bros, que pagou em torno de R$ 3 milhões para explorar a imagem do Tricolor por três anos e meio, associando o clube paulista a famosos personangens como Super-homem, Batman e Pernalonga.

O Santos também segue essa cartilha. Em 2010, o Peixe arrecadou R$ 3,25 milhões com produtos licenciados, contra R$ 750 mil do ano anterior. Tudo por causa da onda de Neymar, Ganso e Cia e do iminente centenário em 2012. Espera-se, assim, que a equipe da Baixada chegue à cifra de R$ 5 milhões neste ano com o comércio dos seus 501 tipos de artigos.