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Fantasmas de 2011 rondam a Ilha do Retiro

Algumas coincidências do ano passado começam a assustar os rubro-negros

Seis pontos disputados, dois ganhos, um gol feito. A campanha do Sport no início do Pernambucano 2012 já começa a preocupar os torcedores. E não é para menos. No ano passado, após as duas primeiras rodadas, o Rubro-negro somava quatro pontos, frutos de uma vitória magra (e polêmica) por 1 a 0 sobre o América, na Ilha do Retiro, e de um empate com o Petrolina, no Sertão. Na sequência do campeonato, o time sofreu para alcançar o G-4 e, nas finais contra o Santa Cruz, acabou desperdiçando a chance de conquistar o hexa. Desta vez, vai ser diferente?

Algumas coincidências podem assustar. A primeira está no comando da equipe. No ano passado, Geninho foi mantido depois que conduziu o time em uma bela reação na Série B de 2010. Para boa parte da torcida e da diretoria, o treinador só não conseguiu levar a equipe à elite por uma questão de tempo. A “magia”, no entanto, não surtiu efeito no estadual. Ao término da décima rodada, com o Sport na modesta sétima posição, Geninho perdeu o posto para Hélio dos Anjos.

Agora, a história parece se repetir. O “folclórico” Mazola manteve-se à frente do elenco por ter desafiado todas as previsões e feito um desacreditado Sport voltar à primeira divisão. O problema é que, após os empates contra Araripina e América, a fé está ameaçando falhar. Tanto que, na última partida, Mazola amargou o coro de “queremos treinador”. Com mais um jogo na Ilha, desta vez contra o Petrolina, ele tem a chance de segurar o cargo e retomar a confiança dos rubro-negros.

Em caso de vitória, aliás, o histórico inicial já irá superar o de 2011. Isso porque, na terceira rodada daquele ano, os rubro-negros foram derrotados pela Cabense (1 x 0), mantendo os quatro pontos. Neste domingo, podem chegar a cinco. Para tanto, porém, é preciso afastar outra coincidência “macabra”: o baixo poder de fogo.

Estadual 2011
Nas duas primeiras partidas de 2011, o Sport só fez dois gols – um com Carlinhos Bala e outro, contra, de Demir, do Petrolina. Foi justamente esta escassez que levou a torcida a pegar no pé de Alessandro, contratado junto ao Ipatinga, de Minas Gerais, com a credencial de artilheiro da Série B 2010 (21 gols). Depois de 12 rodadas no Leão, o centroavante pediu para sair, tendo balançado a rede apenas uma vez.

Neste ano, a rede só balançou uma vez, graças ao lateral direito Renato, que salvou o time da derrota contra o Araripina. A esperança, agora, recai sobre o Jheimy, também vindo de Minas Gerais (do Atlético), com fama e discurso de “matador”. Nos dois primeiros jogos, porém, ele passou em branco. Resta aos rubro-negros rezar para que não haja uma “maldição” do pão-de-queijo.