Sport

Caso Marcelinho

Exame confirma resquícios de pólvora na mão do delegado

postado em 24/01/2012 18:44 / atualizado em 24/01/2012 20:01

Um exame comprovou a presença de pólvora na mão esquerda do delegado da Polícia Civil, Rodrigo Pinheiro, que teria atirado durante uma festa que aconteceu na granja do jogador Marcelinho Paraíba, no dia 30 de novembro de 2011. A informação foi passada pelo próprio jogador, depois de prestar depoimento por quase uma hora e confirmada em seguida pelo delegado Francisco de Assis Souza, nomeado em caráter especial para apurar a denúncia de que Rodrigo Pinheiro estaria armado e teria atirado durante o evento.

Marcelinho Paraíba disse que, durante o depoimento, foi informado pelo delegado responsável pelo caso do resultado do exame que confirmou a pólvora na mão do delegado, o que para o jogador confirma a informação dada por ele e pelas demais testemunhas de que o delegado teria feito o disparo durante a festa.

O jogador disse que o delegado Rodrigo Pinheiro, de posse de duas armas, teria atirado, e informou também que ele costumava frequentar a sua residência e que sempre estava portando duas armas. Ele disse que no início, pensavam até se tratar de uma brincadeira. Sobre a informação de Rodrigo Pinheiro de que havia pessoas armadas na festa e este teria sido o motivo do disparo, Marcelinho negou a acusação. O delegado do jogador, Afonso Vilar, informou que os resíduos de pólvora foram encontrados na mão esquerda do delegado e que o tiro, disparado para o alto, teria inclusive quebrado uma telha. Afonso Vilar adiantou que o delegado poderá pedir uma perícia no local.

O jogador compareceu à 7ª Delegacia Distrital na condição de declarante e três amigos seus também foram ouvidos como testemunhas do caso. Marcelinho falou ainda sobre o fato de ter sido, em um inquérito onde é acusado, indiciado pelo estupro da advogada e se disse chateado com tantas polêmicas, mas garantiu estar tranquilo porque sabe que não fez nada de errado. O delegado Rodrigo Pinheiro será o último a ser ouvido no inquérito que apura o crime previsto no artigo 15 do Estatuto do Desarmamento, sobre disparo de arma de fogo em lugar habitado ou via pública.