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PE 2012

Depois do alívio, o desabafo de Mazola

Treinador soltou frases irônicas e voltou a rebater críticos

Para dois personagens, o clássico de ontem tinha um significado especial. Para Mazola, a vitória representou a manutenção do cargo de comandante rubro-negro. Para Marcelinho Paraíba, que venceu o duelo particular com o “carrapato” Everton Sena, a ratificação da grande fase do camisa 10 leonino.

No final da partida, a reação de Mazola evidenciou a pressão pela qual o comandante rubro-negro estava passando. Com o emprego ameaçado, o treinador partiu em direção à sua torcida e com gestos enérgicos dedicou a vitória aos seus maiores críticos.

Mazola não inventou. Fez o básico. Armando o time no 4-4-2, as surpresas ficaram por conta das presenças de Renê, na lateral esquerda, e da estreia de Jael no ataque. E com uma postura consistente, os rubro-negros assimilaram a pressão da ousada postura tricolor. “Estamos quase chegando ao ponto ideal. Esperamos agora que o time engrene de vez e nós possamos ter uma estabilidade no campeonato”, destacou Mazola.

A coletiva, entretanto, não correu sem contratempos. Questionado sobre a evolução do time com a escalação de Rivaldo no meio de campo, e não na lateral esquerda, como o treinador vinha optando, Mazola foi categórico: “Não respondo a esta pergunta”, emendou. Mais tarde, o técnico deu uma resposta aos críticos. “Parece que sábado tem o Galo (da Madrugada), né?”, brincou, dizendo que continuará no Recife para “ver” o bloco.

Outro que respondeu aos que duvidam de sua importância para o time foi o meia Marcelinho Paraíba. Artilheiro da equipe e líder do ranking de assistências, o camisa 10 venceu o mais recente capítulo do duelo particular com o volante Everton Sena. “Já sabíamos da estratégia do nosso adversário e por isso procurei me movimentar bastante, para dar espaço aos meus companheiros”, analisou.

Durante toda a partida, os dois trocaram insultos e provocações, mas uma cena depois do jogo mostrou que a rivalidade acaba com o apito final. O marcador pediu a camisa do rival como recordação. “Joguei em outros grandes clubes e tive grandes marcadores, mas Everton Sena foi o melhor que encontrei. Mas somos profissionais e, depois do jogo, ele pediu minha camisa e eu pedi desculpas pelo que fiz na final do Pernambucano do ano passado.”