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Medida

Clubes se posicionam de maneira diferente sobre veto às organizadas

postado em 16/04/2012 22:21 / atualizado em 16/04/2012 22:32

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

Os presidentes de Sport e Santa Cruz receberam de maneira distinta a recomendação encaminhada pelo promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Ricardo Coelho, na noite desta segunda-feira. Enquanto Gustavo Dubeux saiu em defesa da Torcida Jovem, Antônio Luiz Neto preferiu não se pronunciar sobre o assunto antes de receber o documento em mãos, o que deve acontecer nesta terça. O presidente do Náutico, Paulo Wanderley, não atendeu as ligações. A recomendação adverte os clubes, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a Polícia Militar (PM) a proibir o acesso das torcidas organizadas nas semifinais e nas finais do Campeonato Pernambucano.

Em sua defesa à Torcida Jovem, Dubeux citou a validade do cadastro realizado após os incidentes provocados por integrantes da organizada no jogo Sport x Goiás, durante a Série B do ano passado. “Acho que essa medida do promotor deve ser tomada contra as torcidas que ainda não são cadastradas. Não é o caso da Jovem. Já existe um cadastro, então não há porque impedi-la de entrar no estádio”, afirmou, em sintonia com o que havia dito mais cedo, antes de a recomendação do promotor vir à tona. “Sou a favor de a FPF fazer com as outras o que já realizou com a Jovem. Se catalogar e monitorar, vai contribuir bastante para reduzir a violência.”

O juiz titular do Juizado Especial do Torcedor de Pernambuco (Jetep), Ailton Alfredo de Souza, porém, garantiu desconhecer o cadastro. À tarde, antes da ação do Ministério Público, nenhum dos presidentes havia se mostrado contra as organizadas. O mandatário tricolor, Antônio Luiz Neto, buscou, na lei, a justificativa para defendê-las. “Sou a favor da livre associação, que é garantida na Constituição. Não posso ser contrário à união de torcedores, mas, sim, às atitudes marginais. Elas é que devem ser combatidas com rigor”, afirmou.

O presidente alvirrubro, Paulo Wanderley, também se disse contra a extição das TOs. “Entendo que, nelas, também há gente de bem. O que precisa é acabar com os marginais infiltrados”, disse. O dirigente aposta que a saída para o problema é um sistema eletrônico que fotografa e identifica as pessoas que entram no estádio.