Sport

PE2012

Não por acaso, Magrão é o número 1

Goleiro é o maior ídolo da torcida e acumula a função de capitão

postado em 17/04/2012 08:37 / atualizado em 17/04/2012 14:43

Rodolfo Bourbon /Diario de Pernambuco

HELDER TAVARES/DP/D.A PRESS
A reportagem do Superesportes precisou debater para listar os pontos forte e fraco da ficha do goleiro Magrão. Sobraram virtudes para análise. “Colocamos posicionamento ou frieza?”, perguntou um jornalista. “Pode ser a experiência, a técnica, sei lá”, sugeriu outro. “Só pode ser um?!”, indagou o repórter que vos escreve. Para o maior defeito, pausa longa. Silêncio quebrado por uma possibilidade: “Bola rasteira?”. Sugestão alicerçada pela falha do arqueiro no gol de Yago Pikachu, do Paysandu, em pleno duelo de volta da Copa do Brasil. Nada capaz de abalar a confiança dos rubro-negros. E com uma vantagem. Mesmo se o Sport não marcar um gol sequer durante os jogos decisivos, basta não ter a meta vazada para se sagrar campeão. Está nas mãos do paredão.

A bagagem de cinco títulos estaduais, uma Copa do Brasil e dois acessos à Série A credenciam o goleiro para a reta final. Sem se abalar com os tropeços, sem se deslumbrar com os triunfos, Magrão exerce o papel de líder e instrui os atletas mais jovens. “Não pode se empolgar quando ganha, mas também não dá para achar que é o pior quando perde. É preciso encontrar o equilíbrio”, afirma.

A eliminação contra o Paysandu já deixou de abalar o camisa 1. O foco agora é outro. “Fica como lição. Eu nunca tinha tomado tanto gol aqui na Ilha do Retiro (o jogo terminou com vitória de 4 a 1 da equipe paraense). Bateu uma sensação ruim. Mas temos muita capacidade para dar a volta por cima”, declarou Magrão.

Embora não tenha decisão por pênalti nesta reta final (em caso de dois empates, vantagem de quem esteve à frente durante a primeira fase), Magrão está afiado, caso precise defender cobranças ao longo dos confrontos. O arqueiro pegou as últimas três penalidades máximas dos adversários. Magrão encara o título pernambucano como importante aos planos para a Série A. “Vai servir para dar tranquilidade ao grupo”, avaliou.

Mesmo com a vantagem do 0 a 0, inevitavelmente, pairar sobre o arqueiro, o técnico Mazola Júnior não quer jogar a responsabilidade para a defesa. “Não vamos entrar em campo pensando em zero a zero. Só se, por acaso, for uma necessidade perto do fim do jogo.”

Ficha

Nome: Alessandro Beti Rosa
Idade: 35 anos
Naturalidade: São Paulo (SP)
Altura: 1,87 metro
Peso: 79 quilos

22 jogos

22 gols sofridos
1 jogo

Ponto Forte
O posicionamento faz Magrão não ser o goleiro das “defesas para a foto”, mas sim um dos mais eficientes do país.

Ponto Fraco
É até difícil apontar algum ponto fraco em Magrão, mas dá para indicar a defesa de bola rasteira como fundamento a ser melhor trabalhado.