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Camisa 10

Ele faz o time jogar

Marcelinho Paraíba é o termômetro do Sport no Pernambucano

postado em 19/04/2012 08:27 / atualizado em 19/04/2012 21:08

Rodolfo Bourbon /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/Esp.DP/D.A Press
“Quando Marcelinho Paraíba não joga, o Sport não joga”. O leitor rubro-negro certamente já deve ter dito a frase neste ano. Não é mera opinião. Virou consenso. Seja quando o meia é desfalque ou quando, simplesmente, não está em um dia de muita lucidez - algo raro nesta temporada. A maioria dos gols nasce dos pés do veterano. Ou vão direto para o fundo das redes ou chegam, com capricho, para outro finalizar. O zagueiro William Rocha criou uma frase de efeito ao agradecer, em entrevista, uma assistência de Paraíba. “Com uma bola açucarada assim, só se eu fosse diabético para não aproveitar”, declarou.



O meia marcou 12 gols neste Campeonato Pernambucano. É o vice-artilheiro da competição, ao lado do tricolor Dênis Marques, a um tento de alcançar Joelson, do Porto. Ainda balançou as redes na Copa do Brasil, em plena estreia, contra o 4 de Julho-PI. Bola parada é com Paraíba. A principal arma rubro-negra. São incontáveis os gols e as chances perigosas criadas a partir das faltas. Sem falar dos escanteios, pênaltis, arremates de fora da área. O atleta, não há como negar, está calibrado. Rendimento, inclusive, superior ao do ano passado. Aos 36 anos, o jogador parece seguir a lógica dos vinhos.

Envolvido em várias polêmicas recentes, como a acusação de estupro em Campina Grande e a ausência de treino punida com multa, Paraíba garante estar focado. De cabeça fria para brilhar nesta reta final do Estadual. “Temos o regulamento na mão e precisamos jogar com inteligência”, declarou.

O “jogar com inteligência” se refere a vários fatores. “Requer mais atenção, marcação forte, principalmente nesta primeira partida, por ser fora de casa. Mas não significa atuar recuado, lá atrás, só marcando”, avaliou Marcelinho Paraíba. Neste Pernambucano, Sport e Náutico protagonizaram dois duelos distintos. O primeiro, aberto: placar de 4 a 3 na Ilha do Retiro. O segundo, amarrado: um 0 a 0 nos Aflitos. Por se tratar de clássico decisivo, as expectativas são otimistas. Assim como a esperança em Paraíba.

Ficha


Nome: Marcelo dos Santos
Idade: 36 anos
Naturalidade: C. Grande (PB)
Altura: 1,74 metro
Peso: 70 quilos

19 jogos
12 gols
0,63 por jogo

Ponto forte


Bola parada com Marcelinho Paraíba é sinônimo de perigo para o adversário, seja em cobranças diretas ou cruzamentos à área.

Ponto fraco


Peça essencial do esquema ofensivo rubro-negro, o meia contribui muito pouco (para não dizer “nulo”) com a marcação.