Sport

PE2012

Proibição das organizadas é difícil de ser cumprida

Entidades não sabem como barrar as uniformizadas de Sport e Santa

postado em 19/04/2012 08:56

Tiago Cisneiros /Superesportes

Como proibir o acesso das organizadas Jovem e Inferno Coral aos estádios, nas semifinais e finais do Pernambucano? Eis uma pergunta sem resposta. Até agora, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), a Polícia Militar e o Juizado Especial do Torcedor de Pernambuco (Jetep) não conseguiram entrar em sintonia quanto ao cumprimento do veto das duas torcidas uniformizadas. Faltando três dias para os próximos jogos – um deles, o clássico entre Sport e Náutico, nos Aflitos –, uma parte fundamental do sistema de policiamento, segundo a PM, ainda depende de um documento do Jetep. O problema é que esse papel não vai chegar.

Ontem à tarde, o comandante do policiamento da capital, coronel Paulo Cabral, disse que a PM está aguardando um documento do Jetep, que definirá os detalhes práticos do veto às uniformizadas de Sport e Santa Cruz. “Ainda não chegou nada. Então, não sabemos se é para fazer escolta, essas coisas. Não há nada definido.”

Indo de encontro à declaração do coronel, o juiz titular do Jetep, Aílton Alferdo de Souza, informou que o tal documento não existe, porque a decisão de barrar a Inferno Coral e a Jovem foi tomada em esfera administrativa, pela FPF. “Quando é uma resolução do Juizado, é o juiz que descreve como a PM vai cumprir. Mas não foi o caso. A federação é que vai dizer o que é para ser feito”, disse.

Pelo lado da FPF, no entanto, não há qualquer ação no sentido de orientar o trabalho dos policiais. “Não temos documento para passar. O que existe é um ato, já publicado no nosso site (www.fpf-pe.com.br). Mas não podemos dizer como a polícia vai trabalhar, nem se vai fazer escolta ou não. Ela é que vai decidir sobre isso”, afirmou o diretor de competições da entidade, Murilo Falcão. Isso a três dias da semifinal.